Cuiabá, Terça-Feira, 24 de Junho de 2025
AFASTADOS
24.06.2025 | 11h56 Tamanho do texto A- A+

Zuquim admite dano à imagem do TJ: "Reflete na opinião pública"

Presidente do Tribunal, José Zuquim Nogueira se pronunciou sobre afastamentos e Vale-Peru

Ednilson Aguiar/TJMT

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira

GIORDANO TOMASELLI E CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, admitiu nesta terça-feira (24) que o afastamento de magistrados por suspeita de corrupção, além da polêmica do chamado Vale-Peru, trouxe reflexos negativos à imagem do Tribunal perante a opinião pública.

 

Não tem como eu fugir disso. Isso reflete, respinga, mas são situações pontuais que não maculam o Judiciário num todo

“Eu digo que, obviamente, reflete na opinião pública. Não tem como eu fugir disso. Isso reflete, respinga, mas são situações pontuais que não maculam o Judiciário num todo”, disse, na primeira vez em que comentou sobre os afastamentos desde que tomou posse, em dezembro.

 

A declaração de Zuquim foi dada após a solenidade de abertura de uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na manhã desta terça-feira (24), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

 

Os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho estão afastados de seus cargos pela suspeita de um esquema de venda de sentenças que teria como peça central o advogado Roberto Zampieri, assassinado em Cuiabá em dezembro de 2023.

 

O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, está em Cuiabá para realizar, até a próxima sexta-feira (27), uma inspeção no Tribunal para avaliar o funcionamento dos setores administrativos e judiciais.

 

Zuquim citou a fala do corregedor, que havia ressaltado a credibilidade do Judiciário brasileiro, para defender que erros sejam investigados e que o Tribunal responsável pela investigação puna, se for o caso.

 

“Achei oportuna a manifestação do corregedor nacional, quando ele afirma que existe um Judiciário forte, sério, e que pode ter algumas situações pontuais que estão sendo investigadas. Se culminar em responsabilização, vai advir do CNJ ou do STF (Supremo Tribunal Federal), que é onde tramitam os processos”.

 

O CNJ divulgou que a inspeção já estava prevista e integra o programa de fiscalização do CNJ nos tribunais brasileiros, não tendo relação com as polêmicas recentes.

 

Os escândalos

 

O TJMT enfrentou recentemente escândalos, como do Vale-Peru, de repercussão nacional. O benefício, concedido em dezembro de 2024 pela então presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino, dava auxílio-alimentação de R$ 10 mil a magistrados e servidores do Tribunal.

 

Já os desembargadores Sebastião Moraes Filho e João Ferreira Filho são acusados de integrar um esquema de venda de decisões judiciais, após as investigações revelarem que os magistrados recebiam vantagens financeiras para julgar processos.

 

No Judiciário mato-grossense, outros dois juízes foram afastados das funções. Os juízes Anderson Candiotto, da 4ª Vara Cível de Sorriso, foi afastado pela Corregedoria, e Ivan Lúcio Amarante, da 2ª Vara da Comarca de Vila Rica (MT), por determinação do ministro Cristiano Zanin, do STF.

 

Em todos os casos, eles são apenas suspeitos, não havendo condenação até o momento.

 

Veja:

 

 

 

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