Cuiabá, Segunda-Feira, 8 de Dezembro de 2025
LOUREMBERGUE ALVES
03.03.2016 | 22h00 Tamanho do texto A- A+

A propaganda do PMDB

O "Plano Temer 2", com promessas nas áreas econômica e social, não tem estratégia de ação. É só retórica

A propaganda partidária é necessária. Imprescindível, é bom que se diga.

 

Isto porque as agremiações devem expor suas ideias e o que pensam a respeito do cenário econômico e social do país, até como forma de conquistar um maior número de filiados.

 

O problema é a confusão que elas criam na cabeça do maior contingente do eleitorado, ao substituir a tal propaganda pela propaganda política.

 

Esta, vale repetir, nada tem a ver com aquela. Mas os políticos não se importam com essa diferença.

Na propaganda partidária peemedebista existe um ponto a ser destacado: o falar sobre os próprios ‘erros’ e sobre a ‘má gestão’, cujo remédio seria - e, na verdade, é - o voto

 

Outro dia, foram os petistas, bem antes destes os tucanos, e, mais recente, os peemedebistas. Estes, aliás, saíram com tal de ‘Plano Temer 2’, que seria suporte para uma possível ‘ponte para o futuro’ (acredita nisto?), somada a chamada ‘ponte social’ (e isto, acredita?).

 

Tudo, pelo visto, passaria ou se daria por meio de uma ‘ponte’. Resta perguntar: e a dita cuja será construída de qual material?

 

Madeira ou de concreto? Questões de respostas imediatas, uma vez que as obras, por aqui, demoram um tempão para serem construídas, até para justificarem os altos preços cobrados.

 

Mas a ponte de que falam os peemedebistas é toda de retórica. Portanto, de um material também sem qualquer selo de garantia.

 

Por lhes faltar substância, à moda dos sofistas do mundo antigo grego, e, o que é pior, por lhes faltar planejamento das ações propostas.

 

Prometem fazer isso ou aquilo sem que haja uma ligação com as realidades vividas. As ditas ‘pontes’ parecem não ser este ‘elo’.

 

Veja, (e) leitor, os motes da propaganda partidária peemedebista: ‘O Plano Temer 2’, como uma ‘ponte para o futuro’, com promessas na área econômica e na área social.

 

Esta última a ser alcançada pela chamada ‘ponte social’, sob a cantilena de ‘manutenção’ e ‘ampliação’ de ‘ganhos sociais’ alcançados nos últimos anos.

 

Acontece, porém, que o partido não diz como irá fazer isso, nem apresenta um plano de ações a ser seguido, tampouco parece ter, de fato, uma proposta para tal, com a qual pudesse unir a ‘ponte para o futuro’ com a ‘ponte social’, e, desse modo, paralisar o crescimento da inflação, ao mesmo que possa alavancar a economia, com a ampliação dos ‘ganhos sociais’.

 

Perdem-se em retórica e em imagens, como se estas e aquela pudessem ocupar o lugar do conteúdo. Substituem-no, mas isto está longe de se tratar da mesma coisa, pois definitivamente não são.

 

Na propaganda partidária peemedebista existe um ponto a ser destacado: o falar sobre os próprios ‘erros’ e sobre a ‘má gestão’, cujo remédio seria - e, na verdade, é - o voto.

 

Em seguida, o vice-presidente da República e presidente nacional da sigla, Michel Temer, prega que é preciso uma ‘união’ para superar a crise. Trata-se, curiosamente, da mesma pregação que aparece na propaganda partidária do PT.

 

A coreografia peemedebista está muito aquém da petista. Ainda que a do PT esteja voltada totalmente para a defesa do Lula da Silva.

 

O PMDB, então, trouxe vários personagens, a exemplo do Renan Calheiros e do Eduardo Cunha - também acusados de envolvimento em denúncias.

 

É isso.

LOUREMBERGUE ALVES é professor universitário e analista político em Cuiabá.

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