O mês de agosto é tradicionalmente o mês das vocações no Brasil e, na segunda semana, de 10 a 16, a semana nacional da família (SNF), iniciando no dia dos Pais. Trata-se de um megaevento religioso que já entrou em nosso calendário pastoral nacional. É uma semana de oração, reflexão e mobilização em defesa dos valores da família.
Eis o tema de 2025: “É tempo de júbilo em nossa vida”, o qual está vinculado ao tema do ano jubilar da encarnação: “Peregrinos da esperança”. O lema é: “Ora, a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (R, 5,5).
Estes dois eixos temáticos pretendem mostrar a família como espaço de alegria, da esperança, da vivência da fé e do amor conjugal e familiar. Sabemos que a família, no plano de Deus, é essencial para a construção da identidade humana e cristã, constituindo-se assim como o bem mais importante da pessoa humana no mundo. Na semana da família incentivamos as ações dos grupos, dos movimentos familiares, das pastorais organizadas e organismos eclesiais, em prol da promoção da dignidade e verdadeira identidade da família. Mais do que nunca precisamos aglutinar e somar as forças em favor da família, que é a “célula mater ou DNA da sociedade”. Recordamos que sociedade secularizada contemporânea está mergulhada numa cultura “contraceptiva e antifamília”.
Combatemos as ameaças devastadoras contra a identidade da família com a proclamação da teologia da criação Divina e o evangelho da família. Na obra da criação, a família é a invenção mais bonita da criação de Deus. É dom e graça Divina. É a pupila dos olhos de Deus. Este olhar de fé sobre a família é essencial na conjuntura secularista em que vivemos hoje. A instituição familiar, participa do desenvolvimento da sociedade como escola das virtudes sociais, forjando no coração do homem e da mulher, os valores perenes, sejam eles espirituais ou civis, tais como: honestidade, a lealdade, o caráter, o equilíbrio emocional e a serenidade pessoal. Afinal, que fazer de especial na Semana Nacional da família? Contamos com a criatividade das comunidades.
Contudo indicamos algumas sugestões às famílias, aos grupos cristãos e pastorais: criar uma mística de oração pela santificação das famílias, rezando com o livrinho “Hora da família” (CNBB), promover estudos, palestras, rodas de conversa sobre os temas relacionados com a problemática familiar. Importante, também, seria apresentar testemunhos de casais, de famílias, jovens e religiosos. A vida autêntica de muitos casais é o melhor anúncio da boa nova da família. Quantas famílias vivem a beleza e grandeza do amor conjugal cristão!
Quantas famílias cultivam gestos solícitos de bondade e ternura que encantam, tornando adoráveis os relacionamentos! Infelizmente, as novelas exaltam, com certa veemência, a família que fracassou! A família que não deu certo ou “ruína de família”!
Assistimos, através das mídias sociais, a uma verdadeira apologia ao adultério, às separações, às uniões livres e às relações de todos os tipos, contrariando a dignidade, grandeza e beleza da família. A pastoral familiar deve, sempre, acender luzes e não exaltar as trevas. No dia dos Pais recordamos aos filhos os sentimentos de: docilidade, gratidão e amor ao querido Pai.
Porque: flores, carinho, amor, respeito, afetos, abraços e mão amiga, se dão em vida. Amemos os Pais enquanto estão vivos! Na semana da família reúna ao menos uma noite para rezar com sua família. E que Deus guarde e abençoe as famílias!
Deusdédit de Almeida é sacerdote da Catedral Metropolitana de Cuiabá.
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