Cuiabá, Sábado, 16 de Agosto de 2025
FRANCISNEY LIBERATO
16.08.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Dinheirofobia

Normalmente temos traumas e dificuldades daquilo que conhecemos pouco

Dentre as várias fobias que existem no mundo, podemos citar: astrofobia: medo de trovões e relâmpagos; claustrofobia: medo de lugares apertados; brontofobia: medo de tempestades; autofobia: medo de ficar sozinho; gamofobia: medo de casamento; demofobia: medo de multidões; aracnofobia: medo de aranhas; criofobia: medo de gelo ou frio etc.

 

Nesse rol exemplificativo de fobias, temos ainda uma chamada dinheirofobia, que é o medo de falar sobre dinheiro.

 

As fobias acontecem normalmente por: fatores genéticos, histórico familiar, algum trauma do passado, ou, quem sabe, até do presente. A fobia é o medo de alguma coisa ou circunstâncias.

 

No livro “Me poupe”, de Nathalia Arcuri, são mencionadas algumas situações dessa fobia: “[…] quando o indivíduo sente vergonha de falar sobre dinheiro, quando tem medo de pedir descontos na aquisição de alguma coisa, quando não consegue dividir a conta quando sai em um jantar, medo das pessoas pensarem que você é um ‘pão-duro’, tem temor de pedir aumento salarial para o seu chefe, pensa que os ricos são maus e corruptos e que os pobres são bons e certinhos. Costuma, ainda, pensar que investir só é possível para quem tem muito dinheiro sobrando, acreditar que Deus ajuda quem tem uma parcelinha para pagar, dentre outros sintomas encontrados nos seres humanos”.

 

Quanto mais eu falo sobre dinheiro e pesquiso sobre o assunto, é óbvio que terei mais qualidade para fazer bons negócios e saber gerenciar melhor os meus recursos.

 

Normalmente temos traumas e dificuldades daquilo que conhecemos pouco ou do que nos dispomos a fazer pela primeira vez. Devemos ter paciência para aprimorar a nossa capacidade financeira.

 

Quando a pessoa tem poucos recursos e ganha um salário mínimo, pode perceber, ela fala sobre dinheiro a todo instante, porém de forma negativa: “como a vida tá difícil!”; “não aguento mais pagar contas”; “eu ganho muito pouco e quase não sobra nada”.

 

Conforme vai passando o tempo e você começa a evoluir, ganhando mais e ocupando cargos de alta patente, parece que o dinheiro sai do seu radar de conversa. Fale positivamente do dinheiro. É preciso falar mais sobre dinheiro para nos aperfeiçoar ainda mais no assunto. Fale sobre dinheiro principalmente quando se está ganhando melhor e realizando todos os seus sonhos e objetivos de vida.

 

Notícia do site “CNN”, de 12/6/2022, apontou: “Após o ‘sim’, é preciso também falar de boletos. Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE, em 57% dos divórcios realizados no Brasil na última década um dos motivos foi o de problemas financeiros. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e com o Banco Central do Brasil (BCB), publicada em 2019, apontou que casais não têm o hábito de comentar ou pouco discutem o orçamento da casa: entre os participantes, 21% só tocam no assunto quando a situação financeira não está boa e 15% nem sequer falam sobre isso”.

 

Devemos ter vergonha, traumas, medos e fobias quando não temos dinheiro para pagar as nossas contas, do contrário, levante a cabeça e expulse esses traumas da sua vida.

 

Fale sobre dinheiro para buscar soluções para seus problemas. Fale de dinheiro para aprender a ganhar mais. Fale de dinheiro para aprender a gastar. Fale sobre dinheiro para saber lidar com investimentos. O dinheiro é uma bênção na vida das pessoas se for utilizado de forma sábia e inteligente.

 

Falar bem do dinheiro é importante, em todos os momentos e com todas as pessoas mais qualificadas do que você, até para aprender e absorver mais conhecimentos.

 

Para entender bem o processo do dinheiro há de ser aprendido desde criança. Mas, se hoje você não é mais uma criança, se quiser, ainda pode aprender sobre inteligência financeira.

 

É relevante entendermos que há um sacrifício para ganhar dinheiro, por isso deve ser valorizado. Como também, tendo essa informação, devemos ter cautela e zelo ao gastar os nossos recursos já que nem sempre é fácil conseguir.

 

O medo vai se dissipando a partir do momento que você deseja ressignificar a sua vida. O aprendizado surge quando você está com a mente aberta para aprender sobre dinheiro. E, acima de tudo, estudar e praticar bastante. Fora disso, são apenas fantasminhas que surgem na nossa vida, e que podemos chutá-los para longe de nós.

 

Organize a sua vida financeira. Fale sobre dinheiro. Aprenda a gerenciar melhor a sua vida. No mais, seja feliz!

 

Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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