Numa era em que todos podem ter acesso à informação em apenas um clique em suas redes sociais, tornou-se essencial levar o fazer político ao meio digital. Assim, usamos esses meios para promover o diálogo entre político e cidadão. Porém, temos que lidar não apenas com a informação que promovemos nas redes, mas também com o impacto que ela irá gerar na comunidade virtual.

É válido lembrar da Teoria da Bala Mágica, de que a mensagem não chega aos receptores de maneira vertical, sempre há ruídos na comunicação. Hoje a manipulação da informação e a liberdade para que qualquer pessoa “jogue na rede” o que bem entender dificulta muito o processo de levar a notícia de fato, nesse caso, ao eleitor do seu assessorado, quando se trata de comunicação política.
Lidamos constantemente com a onda da criação de notícias falsas, as chamadas “fake news”, que são propagadas por um grupo específico: as famosas guerrilhas criadas para disseminar conteúdos que desfavorecem os oponentes de seus rivais. O que ocasiona em uma grande rede de desinformação que pode tomar proporções gigantescas e, até mesmo, colocar para escanteio a candidatura política de alguém.
Mais proximidade, maior cobrança
Enquanto gerenciadores de mídias sociais de grandes ou futuras lideranças políticas brasileiras, precisamos de jogo de cintura para encarar a constante demanda gerada por esses locais de fala. A comunicação mais prática também gerou a cobrança mais rápida.
Para nós, detentores dessa responsabilidade de fazer a ligação entre político e cidadão, é necessário aprender a palavra mais chata de todas: resiliência. Iremos lidar todos os dias com mensagens de ódio, com pedidos inalcançáveis, com comentários em massa, e com os fatídicos memes – a maioria deles são divertidos, confesso.
Mas, por outro lado, sanamos dúvidas primordiais para os cidadãos que às vezes só possuem aquele canal de comunicação para conseguir ter acesso a informação, seja sobre onde pode-se pagar o IPVA do carro ou para verificar se os boatos que circulam sobre o político em que votou são reais. Isso nos oportuniza reverter uma situação que em outros tempos seria inimaginável.
A internet aproximou as pessoas e criou um meio essencial para nos comunicarmos com o cidadão, mas ainda precisamos evoluir muito na questão da regulamentação desse canal. Enquanto isso, lidamos com os prós e contras desse ambiente que nos proporciona emoções iguais à de andar numa montanha-russa todos os dias, quando abrimos as redes sociais de nossos assessorados.
Noelisa Andreola é assessora de Comunicação da Secretaria de Fazenda, formada em Jornalismo pela Universidade de Cuiabá (UNIC).
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