Donald Trump, presidente americano, criando tarifas de importação para quase todos os países que tem comércio com os EUA. Não livra nem mesmo países que fazem fronteira, como Canadá e México. Canada tem uma tradição de comércio e amizade até militar com os EUA. Outro dia o Primeiro Ministro canadense, em fala que marcou época, dizia que essa aproximação com os EUA, como fora até agora, acabou.
Trump alegou, no caso do México, que o país não estava impedindo a entrada de imigrantes por suas fronteias para chegarem aos EUA. E que também não fazia um trabalho maior para impedir entrada de drogas no país.
O caso brasileiro também chamou a atenção do exterior. Aplicou uma taxação de 50% sobre bens de exportação do Brasil para aquele país e o motivo para taxa tão alta era para que se revogasse sentença contra Bolsonaro e o tornasse elegível outra vez. Que ele pudesse ser candidato a presidente em 2026. Como acreditar que um país vai revogar uma sentença de sua corte maior para obedecer a uma ordem de outro país? Se fizesse, como ficaria a imagem do judiciário brasileiro perante o mundo?
Mais atos do presidente dos EUA. O caso de taxação de 50% para a Índia é porque esse país compra bens da Rússia e ele, suposto imperador do mundo, exige que ninguém compre nada daquele país enquanto não acabar a guerra com a Ucrânia. Donald Trump está criando uma desavença com um país de mais de um bilhão de habitantes. Ele está certo, todo o mundo errado. Ou seriam sinais de enfraquecimento externo dos EUA?
Analistas dos EUA e de outros países mostram que o povo americano vai pagar por esses tarifaços. O produto do exterior com alta taxação vai chegar mais caro para o consumidor norte americano. Um bem custava 100 dólares e, a partir de amanhã, passaria a valer 110 dólares. Alguém vai pagar essa diferença na compra. É tão verdade que Trump tem dito que poderia até distribuir dinheiro arrecadado com a alta taxação para pessoas mais pobres do EUA. No caso, para compensar as compras mais caras pelas taxas de importação mais altas. Um fuzuê o cara está aprontando.
Chama a atenção como o partido Democrata nos EUA, opositor ferrenho do partido Republicano de Trump, não está falando sobre tudo isso. Outro dia, Barack Obama, ex-presidente, membro alto do partido, chamou a atenção para esse fator.
Dando uma passada rápida aqui em MT e essa questão do tarifaço. O agro, no geral mais conservador, apoia gentes como Trump. Mas a atitude dele está prejudicando o setor e não se ouve ninguém falando nada sobre isso. Instituições do agro estão caladas.
Recentemente apareceu uma informação nos EUA e vamos ver se aqui vai reagir. Os pecuaristas de lá pedindo ao Trump taxas maiores na importação de carne do Brasil, Será que tendo interesses afetados falarão alguma coisa? Ou o caminho é não reclamar e simplesmente buscar novos mercados?
Alfredo da Mota Menezes é analista político.
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2 Comentário(s).
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josé da silva 14.08.25 09h33 | ||||
Parece que o Sr. Alfredo não leu a carta que o Trump enviou ao Brasil, lá está explícito os motivos da tarifação de 50%. Leia, reflita e reescreva o artigo com imparcialidade. | ||||
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alexandre 14.08.25 09h00 | ||||
usa é o país mais forte do mundo. todos os lideres dos países que tiveram taxação modificada foram dialogar tentando rever pontos que foram negativos para eles, o nosso não foi. esses pontos relativos a bolsonaro e judiciário não passam de cortina de fumaça para justificar o tarifaço. tanto que se aplicou o tarifaço para a índia, com seus bilhões de habitantes, um país que possui armas nucleares. mas aqui não se fez nada, pelo contrário, acirrou a divergência para criar uma crise e justificar a falta de direção para nosso país. e ainda se pretende dar dinheiro para as empresas prejudicadas pelo tarifaço (como se dará isso e o critério para a liberação dos recursos tem trazido alerta sobre possibilidades de desvio irregular). no final, nós (os cidadãos comuns) vamos pagar o preço dessa ingerência do governo federal. | ||||
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