Cuiabá, Segunda-Feira, 7 de Julho de 2025
ADRIANA COSTA
07.07.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Lipedema vai muito além da estética

Entre os sintomas mais comuns estão o aumento do diâmetro das áreas afetadas

O lipedema é uma condição crônica que causa o acúmulo anormal de gordura, principalmente nos braços e pernas, poupando tronco, mãos e pés. Afeta quase exclusivamente mulheres e está frequentemente associada a dor, desconforto e alterações estéticas que impactam a qualidade de vida.

O diagnóstico é predominantemente clínico, mas os métodos de imagem, como a ultrassonografia, são importantes aliados


Sua causa ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que esteja relacionada a fatores genéticos e hormonais, principalmente os hormônios femininos. Esse desequilíbrio pode desencadear um processo inflamatório crônico no tecido subcutâneo, levando também à fibrose.

Entre os sintomas mais comuns estão o aumento do diâmetro das áreas afetadas, provocando desproporção corporal, além de dor, sensibilidade ao toque, sensação de peso, inchaço, facilidade para formação de hematomas e alterações na textura da pele, como ondulações e nódulos.

Estima-se que o lipedema atinja cerca de 11% da população feminina. Apesar disso, é uma condição frequentemente confundida com doenças mais conhecidas, como obesidade, insuficiência venosa e linfedema — que apresentam características clínicas distintas. O reconhecimento correto evita diagnósticos equivocados e tratamentos ineficazes.

O diagnóstico é predominantemente clínico, mas os métodos de imagem, como a ultrassonografia, são importantes aliados. A ultrassonografia permite diferenciar o lipedema de outras condições, orientando decisões terapêuticas e auxiliando no acompanhamento da evolução do quadro.

Esse exame fornece dados quantitativos, como a medição da espessura do tecido subcutâneo em pontos específicos dos membros inferiores, e também qualitativos, avaliando sinais de inflamação e fibrose.

O lipedema pode afetar profundamente a autoestima e a saúde emocional da paciente, podendo estar associado a quadros de depressão e distúrbios alimentares. Por isso, é fundamental procurar um profissional de saúde qualificado para avaliação, diagnóstico e tratamento adequados, especialmente ao suspeitar da condição.

Adriana Costa é médica radiologista, especialista em radiologia pediátrica. 

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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