Cuiabá, Sábado, 26 de Julho de 2025
TABATA MAZETTO
26.07.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Saúde emocional e produtividade no trabalho

Vivemos tempos em que sentir virou ameaça; zumbis funcionais

Vivemos tempos em que sentir virou ameaça. Em que o excesso de demandas, reuniões, notificações e metas nos anestesia aos poucos, até nos tornarmos profissionais eficientes, mas emocionalmente exaustos. Zumbis funcionais, vivendo no automático. É por isso que digo, com toda a clareza que meu objetivo é desanestesiar e ajudar as pessoas a saírem do modo sobrevivência e retomarem o direito de viver com presença, propósito e consciência.

 

Quantas vezes, no meio da rotina corrida, você teve vontade de chorar e não chorou? Quantas vezes engoliu o desconforto, o cansaço, o limite ultrapassado? Não sentir parece ter virado uma estratégia de adaptação. Mas não é. O problema nunca foi sentir tristeza, ansiedade ou insegurança. O problema é NÃO sentir e continuar empurrando tudo para baixo do tapete. Até que o corpo grita. Porque ele sempre grita.

 

Nosso corpo fala através de sintomas. Uma dor de cabeça persistente, um problema de estômago, uma insônia, tudo isso pode ser, na verdade, um alarme emocional. No entanto, tentamos desligar o alarme, em vez de arrumar o que está quebrado.

 

Não adianta um remédio para dormir sem entender por que o corpo não quer desligar ou tomar um remédio para o estômago se não consegue “digerir” as pressões do dia. É preciso cuidar da causa e isso vale, principalmente, para dentro das empresas.

 

Muitas organizações ainda tratam a saúde mental como um luxo ou um “mimo corporativo”, quando a realidade é que a saúde emocional é estratégia de negócios. Ela impacta diretamente na atenção, na criatividade, no clima organizacional, na tomada de decisão e, no quesito mais desejado pelas empresas, na produtividade.

 

Empresas contratam por competência técnica e demitem por falta de inteligência emocional. O ambiente determina o comportamento das pessoas e se o local de trabalho é tóxico, desorganizado, desumano, ninguém consegue florescer. Dados do Ministério da Previdência Social mostraram um aumento de 68% nos pedidos de afastamento do trabalho, em 2024, por questões de saúde mental – mais de 470 mil licenças por por ansiedade e depressão. E é nesse ponto que a psicoaromaterapia entra como uma ferramenta transformadora.


Sim, estamos falando de óleos essenciais, mas não como modismo, e sim como recurso científico que atua diretamente no sistema límbico, o centro das emoções no cérebro.

Quando você inala, por exemplo, a lavanda, o cérebro reconhece a molécula como um sinal de calma. Ao sentir o aroma do peppermint (hortelã-pimenta), ele estimula o foco e o estado de alerta saudável.


O olfato é uma via direta para regular emoções, sem esforço consciente, sem resistência interna. Os aromas podem criar ambientes emocionalmente inteligentes, espaços que inspiram conexão, tranquilidade, foco e que ajudam as pessoas a se reconectarem consigo mesmas.

 

Empresas emocionalmente saudáveis têm mais engajamento e produtividade. Segundo estudos da empresa global de pesquisa e consultoria Gallup, de 2021, equipes com altos índices de bem-estar emocional têm 21% mais lucratividade e 41% menos absenteísmo. Mais do que isso, são empresas humanas. Que entendem que produtividade não nasce da exaustão e sim do equilíbrio. Chegou a hora de reaprender a sentir, viver, rir, chorar – inclusive dentro do trabalho -, e ouvir o que o nosso corpo fala por dentro, porque o que parece “só emocional” pode ser a chave para transformar tudo.

 

Tabata Mazetto é psicóloga, aromaterapeuta e especialista em óleos essenciais.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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