Cuiabá, Segunda-Feira, 8 de Dezembro de 2025
FERNANDO PINHO
07.05.2016 | 06h59 Tamanho do texto A- A+

Um novo Brasil?

Há um sentimento de extrema tristeza ao descobrir o descalabro moral e econômico em que se encontra o País

A nação brasileira tem assistido estupefata, desde 2014, a uma série de eventos políticos e econômicos nunca imaginados. Por um lado, alegria, pelo fato de que as instituições estão funcionando mesmo com sérios problemas.

 

De outro, um sentimento de extrema tristeza ao descobrir o descalabro moral e econômico em que se encontra o Brasil.

 

Como tudo em nossas vidas, não há como desistir da esperança de dias melhores, para que as próximas gerações possam viver num ambiente sócio/político e econômico mais saudável.

 

Sem dúvida alguma, muitas dificuldades ainda serão enfrentadas, mas há alguns fatos alvissareiros que precisam ser considerados:

Como tudo em nossas vidas, não há como desistir da esperança de dias melhores, para que as próximas gerações possam viver num ambiente sócio/político e econômico mais saudável

 

1) A chegada de Temer ao comando do país revela-se algo positivo, tanto pela possibilidade de corrigir falhas de gestão como pela saída de um governo que se mostrou despreparado para exercer o poder;

 

2) O forte movimento de debandada do PT e de proximidade com a presidente para não só evitar uma derrocada, como tentar uma chance em 2018;

 

3) Michel Temer se compromete a não candidatar-se às eleições de 2018, o que aumenta as chances de angariar apoio expressivo na Câmara;

 

4) O PSDB já se juntou ao futuro governo, não apenas como apoio no Congresso, mas como integrante ministerial;

 

5) Meirelles, ex- presidente do Banco Central, tem credibilidade política e técnica para executar os ajustes necessários;

 

6) As reformas de caráter estrutural (Trabalhista, Previdenciária, extinção da estabilidade do funcionalismo público e desvinculação orçamentária), antes consideradas desnecessárias, agora são consideradas como prioritárias;

 

7) A privatização de estatais deficitárias e do setor de infraestrutura;

 

8) Aumento dos preços das commodities no mercado internacional (minério de ferro, soja e petróleo)

 

9) As taxas de juros nos contratos de longo prazo negociadas no mercado estão em queda, bem como as perspectivas inflacionárias para o biênio 2016/17;

 

10) Com o fortalecimento das Contas Externas, espera-se um saldo positivo da Balança Comercial de U$ 54 bilhões, ante o negativo de U$ 7 bilhões em 2015. Também o desmonte das intervenções do BC no mercado cambial é um fator satisfatório, já que o nível de turbulência deve amainar-se com a troca de governo;

 

11) Fim da vinculação das aposentadorias ao salário mínimo e um ajuste no valor exagerado das pensões;

 

12)  O capital estrangeiro não especulativo começa a movimentar-se em direção ao Brasil;

 

13) Franca recuperação das exportações;

 

Indubitavelmente, se pelo menos uma parte dessas ações elencadas for colocada em prática, com êxito, já no segundo semestre deste ano será possível perceber uma sensível melhora nas expectativas em relação à economia brasileira.

 

FERNANDO PINHO é economista e consultor financeiro da Prospering Consultoria. Formado em Economia pela ITE – Instituição Toledo de Ensino (Bauru-SP), pós-graduado em Psicologia Econômica pela PUC SP e mestre em Finanças pela Universidade Mackenzie.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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