KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
O pizzaiolo Weber Melquis Venande de Oliveira, 24, foi submetido a um exame de sanidade mental e dependência química. Ele é acusado de matar e queimar o corpo da jovem Katsue Estefane dos Santos Vieira, em fevereiro deste ano.
O crime aconteceu na pizzaria Fornalha, de propriedade da família de Weber. O estabelecimento fica localizado no bairro Barbado, próximo à avenida Carmindo de Campos. A garota tinha 25 anos e teve o corpo queimado no forno da pizzaria.
O exame de sanidade mental foi realizado no dia 8 de outubro. O IML (Instituto Médico Legal) informou que não há prazo para divulgar o resultado.
O procedimento estava agendado para março de 2013, mas foi adiantado pela juíza da 12ª Vara Criminal da capital, Maria Aparecida Ferreira Fago, com o objetivo de dar celeridade ao processo, que está parado desde que a defesa do acusado solicitou o laudo.
O exame de sanidade mental foi realizado pelos médicos do Setor de Psiquiatria Forense da Coordenadoria Geral do IML. Já o exame de dependência química foi feito pela Criminalística Forense.
O advogado de Weber, Paulo Fabrinny Medeiros, alega que o acusado é portador de "anomalia mental", fato que o tornaria inimputável, ou seja, não poderá responder por seus atos. Desse modo, a ação proposta pelo MPE (Ministério Público Estadual) seria extinta.
Acusação
O MPE ofereceu denúncia contra Weber, que confessou ter assassinado a facadas e queimado, no forno da própria pizzaria, o corpo de Katsue, na madrugada do dia 3 de fevereiro.
O rapaz é réu por homicídio triplamente qualificado - motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima - e por destruição de cadáver. Ele está preso desde o dia 13 de fevereiro, no Centro de Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé, em Cuiabá.
Consta da denúncia que o comerciante encerrou o expediente na pizzaria por volta das 23h30. Depois, ele teria ido até a boate Executive's, próxima à Estação Rodoviária de Cuiabá, no bairro Alvorada. Katsue estaria na porta da boate, supostamente fumando maconha, com outras garotas de programa.
Weber teria ficado no local, usando drogas com as jovens e, depois, teria convidado Katsue para sair e pegar dinheiro para comprar drogas. Ele teria levado a jovem até a Pizzaria Fornalha. O acusado contou, em depoimento, que sentiu uma vontade súbita de matar Katsue e assim o fez.
O comerciante disse que deu duas facadas no corpo da vítima, que continuou viva, e outra no pescoço, fatal. Depois, ele colocou o corpo de Katsue dentro do forno e a queimou, usando toras de lenha. Weber também lavou toda a pizzaria, que ficou muito suja de sangue, para esconder o crime. O suspeito se entregou à polícia 10 dias após o crime.