Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
BARRIL DE PÓLVORA
10.04.2012 | 11h22 Tamanho do texto A- A+

Após 24 horas de tensão, acaba motim em presídio

Cerca de 100 detentos fizeram outros presos de refém e exigem transferência para Cuiabá

Sonotícias

Forças especiais da PM cercaram o Presídio Ferrugem, em Sinop, para evitar possíveis fugas

Forças especiais da PM cercaram o Presídio Ferrugem, em Sinop, para evitar possíveis fugas

KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO

Chegou ao fim o motim dentro do Presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá). A unidade prisional ficou em poder dos detentos por mais de 24 horas e seis presos foram tomados como reféns.

A confirmação do fim do motim foi passada pelo juiz Mario Machado ao site Só Notícias. Segundo o magistrado, ele foi para a unidade prisional, logo no início da manhã, para negociar com os presos e ouvir a as reivindicações de um grupo que liderou o movimento.

Os presos exigiam a transferência de 10 reeducandos para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, além da revisão de processos de alguns deles. Não foi confirmado se os presos serão transferidos.

Em entrevista coletiva, o juiz Mário Machado atribuiu o motim às deficiências do Judiciário e à grande demanda de processos parados.

"Temos cerca de cinco mil processos, uma demanda muito grande. Só aqui no [Presídio] Ferrugem, temos 730 detentos. É impossível dar celeridade a esta demanda tão grande. Este problema já foi repassado, há cerca de dois anos, para a Corregedoria e, infelizmente, não entendeu que seria necessário criação uma nova vara de execução penal para dar maior atenção a estes processos que envolvem os condenados, os de regime aberto e semiaberto ", explicou o juiz.

O superintendente do Sistema Prisional, José Carlos de Freitas, teve a presença solicitada pelos presos e se deslocou de Cuiabá até Sinop, na noite de segunda-feira (9), e intermediou as negociações.

O MidiaNews procurou a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), mas a pasta não se pronunciou oficialmente sobre a situação.

Policiais militares reforçaram as rondas nos muros do presídio e nas imediações, para evitar qualquer tentativa de fuga. Não há registro de feridos ou mortos.

A unidade prisional irá passar por uma revista minuciosa para detectar possíveis túneis, armas e outros artifícios usados pelos presos.

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rogerio  20.08.12 11h29
eu ja estive preso e sei que tudo que esta acontecendo é por falta da justiça . pois tiran os reclusos de proximo da familia e jogam o preso na cadeia e esquecem eles lá ,áte que o preso se revolta. Os processos ficam jogados em uma prateleira e esquecidos.Isso foi oque eu vi e vivi.E quando o recluso sai não tem apoio pra arrumar um trabalho decente.
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ALMIR SANTOS  10.04.12 16h52
10 presos ditam ordem de dentro do presidio e todos acatam.
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