Cuiabá, Terça-Feira, 11 de Novembro de 2025
FRAUDES ELETRÔNICAS
11.11.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

Delegado: Contador era "parte pensante" e atraía vítimas nas redes

Suposto esquema usava CNPJs de “laranjas” para vender produtos que nunca eram entregues

MidiaNews

O delegado Guilherme Fachinelli, afirmou que contador Eduardo Cristian (detalhe) era líder de esquema

O delegado Guilherme Fachinelli, afirmou que contador Eduardo Cristian (detalhe) era líder de esquema

LIZ BRUNETTO E LARISSA AZEVEDO
DA REDAÇÃO

O delegado Guilherme Fachinelli, titular da Delegacia Especializada de Crimes Informáticos (DRCI), afirmou que o contador Eduardo Cristian Martins Corrêa do Nascimento, de 30 anos, preso nesta terça-feira (11), alvo da Operação Domínio Fantasma, era a “parte pensante” do suposto esquema. 

 

A operação investiga um esquema criminoso milionário envolvendo fraudes eletrônicas e a criação de empresas de fachadas para lavagem do dinheiro adquirido com o crime.

 

Ele é a parte pensante, a parte técnica, ele criava as empresas, ele punha a cara pelas redes sociais

“Ele é a parte pensante, a parte técnica. Ele criava as empresas, colocava a cara nas redes sociais, inclusive, estamos cumprindo hoje medidas judiciais de derrubada das redes sociais dele, porque eram usadas para fazer propagandas desse serviço e, com isso, acabava atraindo mais vítimas”, afirmou o delegado. 

 

Eduardo se apresentava no Instagram como contador digital especializado em dropshipping (modelo de comércio eletrônico no qual o vendedor não mantém estoque próprio” e iGaming (segmento de jogos de azar pela internet). 

 

De acordo com a investigação, o contador criou 310 empresas entre 2020 e 2024 e a maioria delas estavam registradas em um único endereço em Cuiabá. Desse total, 182 já estavam baixadas ou suspensas. 

 

Segundo a Polícia, foi verificado que no endereço funcionava uma sala comercial sem qualquer identificação, embora servisse de sede para empresas ativas no papel.

 

As empresas anunciavam produtos de todos os tipos, desde brinquedos a produtos de beleza e roupas masculinas. 

 

Esquema 

 

Para praticar os golpes, ele criava CNPJs em nome de "laranjas", geralmente jovens de baixa renda, residentes fora de Mato Grosso, para servirem de fachada. Os CNPJs eram usados para registrar sites de e-commerce falsos, de diferentes segmentos como brinquedos, roupas e roupas masculinas, entre outros. 

 

Os sites eram impulsionados com anúncios patrocinados nas plataformas digitais. Em um dos casos, os criminosos clonaram o site da loja de uma marca famosa no ramo de cosméticos para enganar clientes.

 

Vítimas de diversos lugares do país, identificadas no inquérito, compravam os produtos, pagavam via Pix ou cartão, mas nunca recebiam as mercadorias. Os sites acumulavam diversas reclamações no "Reclame Aqui".

 

Participam da operação policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) em parceria com as equipes da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), Delegacia de Polícia de Sorriso e Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core).

 

O cumprimento dos mandados contaram com apoio da Politec e Sefaz, sob a organização operacionalizada da Coordenadoria de Enfrentamento ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil de Mato Grosso.

 

Veja: 

 

 

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