Cuiabá, Quinta-Feira, 2 de Outubro de 2025
BEBIDAS FALSAS
02.10.2025 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Delegado diz que grupo vai responder por corrupção e adulteração

Os suspeitos possuíam um galpão em que trocavam os rótulos de cerveja para os de marcas famosas

Djeferson Kronbauer/Power Mix

Delegado Edmundo Félix de Barros Filho, responsável pela investigação

Delegado Edmundo Félix de Barros Filho, responsável pela investigação

LARISSA AZEVEDO
DA REDAÇÃO

O delegado Edmundo Félix de Barros Filho, responsável pela investigação de um fábrica ilegal de cervejas encontrada na terça-feira (30) pela Polícia, afirmou que o grupo criminoso responsável vai responder por falsificação, corrupção e adulteração. 

 

Os suspeitos responderão a inquérito por corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado ao consumo, tornando-o nocivo à saúde

De acordo com o delegado, os suspeitos mantinham um galpão de adulteração de cervejas no município de Nova Mutum (242,1 km de Cuiabá), onde adulteravam as embalagens das bebidas.

 

“Os suspeitos responderão a inquérito por corromper, adulterar, falsificar ou alterar substância ou produto alimentício destinado ao consumo, tornando-o nocivo à saúde ou reduzindo-lhe o valor nutritivo", disse.

 

"E vender ou expor à venda mercadoria com embalagem, tipo, especificação, peso ou composição em desacordo com a lei, ou que não corresponda à classificação oficial”, acrescentou. 

 

Três suspeitos foram detidos durante a ocorrência e encaminhados à Delegacia do município pela Polícia. Lá eles passaram por interrogatório e foram autuados em flagrante pelos crimes de falsificação, corrupção, adulteração de substância alimentícia.

 

No local foram encontrados rótulos e tampinhas de garrafas adulteradas, além de uma embalagem de soda cáustica. A Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica) investiga se o produto era adicionado ao conteúdo das garrafa. 

 

“A gente não descarta essa possibilidade de ter alguma questão de composição, de ser utilizado a soda, mas a suspeita inicial é que ela é utilizada na parte de retirar a cola com o rótulo anterior”, afirmou o perito Jomar Magalhães. 

 

O esquema

 

Segundo a Polícia, os suspeitos confessaram já terem comercializado mais de 10 mil caixas de cerveja em Nova Mutum e região. 

 

A quadrilha comprava a cerveja no município de Sinop (482 km de Cuiabá), a transportava para o galpão e fazia a adulteração. Eles trocavam os rótulos para de marcas como Brahma, Original e Skol e comercializavam a um preço abaixo do mercado. 

 

O grupo tinha um lucro de mais de 100% em cada engradado. A Polícia acredita que os suspeitos são trabalhadores braçais, comandados por um financiador, que não estava no local. Além disso, a Polícia Civil também investiga o envolvimento de uma cervejaria que fornecia os produtos.

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