Cuiabá, Terça-Feira, 23 de Setembro de 2025
“EMPRESA DO CRIME”
23.09.2025 | 17h36 Tamanho do texto A- A+

Gaeco denuncia 53 por tráfico e organização criminosa em MT

Eram 53 pessoas envolvidas com organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico

Alair Ribeiro/MidiaNews

Gaeco denunciou 53 pessoas nesta segunda-feira (22)

Gaeco denunciou 53 pessoas nesta segunda-feira (22)

DA REDAÇÃO

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) da unidade desconcentrada de Sinop denunciou, nesta segunda-feira (22), 53 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

 

As investigações apontaram que um dos líderes, D. J. O. M., mantinha o comando da organização, determinando regras e punições de dentro da unidade prisional. O Gaeco pediu e a Justiça decretou a inclusão dele no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Já outros criminosos que estavam presos foram encaminhados ao Regime Penal Disciplinar para evitar que continuem a praticar delitos.

 

A denúncia é resultado da Operação Joia Rara, deflagrada em junho deste ano, com o objetivo de desarticular as atividades de uma facção criminosa envolvida em delitos em diversas cidades de Mato Grosso, com destaque para os municípios de Guarantã do Norte e Novo Mundo.

 

A ação foi uma força-tarefa integrada pelo Ministério Público do Estado, Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo. 

 

Conforme a denúncia, os crimes foram cometidos com agravantes, como o uso de locais públicos e coletivos para o tráfico de drogas (incluindo bares, frigoríficos, festas e casas de prostituição), além do envolvimento de adolescentes e a continuidade das atividades criminosas mesmo dentro de unidades prisionais.

 

Determinações

 

Os denunciados, com participação direta ou indireta na facção criminosa, ocupavam funções como líderes, tesoureiros, distribuidores, lojistas (traficantes locais), responsáveis pelo apoio logístico e financeiro, além de atuarem no monitoramento da ação policial e na comunicação interna da organização.

 

De acordo com o Gaeco, a facção criminosa mantinha esquema sofisticado de tráfico de drogas, funcionando como uma verdadeira empresa do crime, com divisão de tarefas, controle financeiro rigoroso e comunicação interna eficiente.

 

Os líderes locais eram responsáveis por coordenar o tráfico, aplicar punições internas e organizar a logística de distribuição de drogas. Tesoureiros cuidavam da arrecadação de valores e repasses à facção, enquanto os chamados “lojistas” atuavam diretamente na venda de entorpecentes. 

 

A denúncia aponta ainda que os integrantes utilizavam aplicativos de mensagens para coordenar ações, compartilhar listas de mensalidades a serem pagas pelos membros e monitorar a movimentação policial. Foram encontradas planilhas de controle de vendas, listas de distribuição e registros de pagamentos via PIX, evidenciando a profissionalização do esquema.

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