Cuiabá, Quarta-Feira, 6 de Agosto de 2025
CRIME EM CUIABÁ
27.04.2023 | 17h46 Tamanho do texto A- A+

Investigador diz que desarmou vítima sem saber que era PM

Mário Wilson Vieira Gonçalves foi preso acusado de matar Thiago de Souza Ruiz nesta madrugada

MidiaNews

O PM Thiago de Souza Ruiz (detalhe), que foi morto nesta quinta

O PM Thiago de Souza Ruiz (detalhe), que foi morto nesta quinta

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O policial civil Mário Wilson Vieira Gonçalves, que matou o PM Thiago de Souza Ruiz na madrugada desta quinta-feira (27) em Cuiabá, relatou em depoimento que a confusão começou quando ele avançou sobre a vítima ao perceber a presença de uma arma em sua cintura.

 

Conforme o advogado Ricardo Monteiro, que defende Mário Wilson, o investigador agiu porque não imaginava estar diante de um policial militar, que tem direito de andar armado.

 

“Em determinado momento ele viu a arma na cintura da pessoa. E ele não sabia que essa pessoa era policial. Ele não o conhecia”, relatou o advogado.

 

Em determinado momento ele viu a arma na cintura da pessoa. E ele não sabia que essa pessoa era policial

Ainda conforme o defensor, quando percebeu a arma na cintura da vítima – e não tendo ideia de que se tratava de um policial militar -, Mário Wilson tomou-lhe a arma. O PM, por sua vez, reagiu e os dois começaram a lutar.  

 

“Aí o rapaz parte para cima dele, para pegar a arma. Então os dois caem no chão”, disse.

 

O advogado contou ainda que na confusão Mário Wilson percebeu que a arma que ele havia tomado de Thiago não estava mais em seu poder. “Neste momento o Thiago se levanta. Imaginando que ele fosse atirar, meu cliente, que estava deitado, faz os disparos com sua arma. As imagens mostram isso”, relatou Monteiro.

 

O advogado relatou que Mário Wilson chegou à conveniência na companhia de um amigo advogado. Os dois estavam bebendo na mesa quando Thiago se sentou. Monteiro garante que nenhum dos dois amigos conhecia a vítima. 

 

O Thiago levantou o braço para mostrar alguma coisa e ele [Mário Wilson] viu a arma [na cintura]. De noite, uma pessoa armada...

“O Thiago levantou o braço para mostrar alguma coisa e ele [Mário Wilson] viu a arma [na cintura]. De noite, uma pessoa armada... Enquanto policial, ele [Mário Wilson] agiu e tomou a arma, se apresentou como policial”.

 

Mário Wilson se entregou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa na manhã desta quinta. Ele prestou depoimento e agora aguarda a audiência de custódia, que acontece somente nesta sexta-feira (28).

 

O crime aconteceu na conveniência de um posto de gasolina em frente à Praça 8 de Abril, na região central de Cuiabá, na madrugada desta quinta.

 

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3 Comentário(s).

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RAFAEL   28.04.23 08h48
Esse policial civil poderia ter ligado no 190, ele não estava correndo risco de vida, ele estava em local inapropriado pra estar armado.. são inúmeros fatores que não argumenta tirar a arma do policial militar. Outra coisa, e se o advogado fosse também om e tivesse atirado no policial civil.. não existe argumento pra sacar a arma de alguém fora de serviço, a não ser que estivesse correndo risco de vida.
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Vinícius  28.04.23 07h07
Como assim? está bebendo com uma pessoa que vc não sabe quem é ? meio estranha essa versão...
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Rsantos   27.04.23 21h13
Um policial não senta na mesa de ninguém sem conhecer a pessoa, e ainda mais tarde da noite, e com outras mesas livres, muito mau contada essa história…
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