O policial civil Mário Wilson Vieira Gonçalves, que matou o PM Thiago de Souza Ruiz na madrugada desta quinta-feira (27) em Cuiabá, relatou em depoimento que a confusão começou quando ele avançou sobre a vítima ao perceber a presença de uma arma em sua cintura.
Conforme o advogado Ricardo Monteiro, que defende Mário Wilson, o investigador agiu porque não imaginava estar diante de um policial militar, que tem direito de andar armado.
“Em determinado momento ele viu a arma na cintura da pessoa. E ele não sabia que essa pessoa era policial. Ele não o conhecia”, relatou o advogado.
Ainda conforme o defensor, quando percebeu a arma na cintura da vítima – e não tendo ideia de que se tratava de um policial militar -, Mário Wilson tomou-lhe a arma. O PM, por sua vez, reagiu e os dois começaram a lutar.
“Aí o rapaz parte para cima dele, para pegar a arma. Então os dois caem no chão”, disse.
O advogado contou ainda que na confusão Mário Wilson percebeu que a arma que ele havia tomado de Thiago não estava mais em seu poder. “Neste momento o Thiago se levanta. Imaginando que ele fosse atirar, meu cliente, que estava deitado, faz os disparos com sua arma. As imagens mostram isso”, relatou Monteiro.
O advogado relatou que Mário Wilson chegou à conveniência na companhia de um amigo advogado. Os dois estavam bebendo na mesa quando Thiago se sentou. Monteiro garante que nenhum dos dois amigos conhecia a vítima.
“O Thiago levantou o braço para mostrar alguma coisa e ele [Mário Wilson] viu a arma [na cintura]. De noite, uma pessoa armada... Enquanto policial, ele [Mário Wilson] agiu e tomou a arma, se apresentou como policial”.
Mário Wilson se entregou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa na manhã desta quinta. Ele prestou depoimento e agora aguarda a audiência de custódia, que acontece somente nesta sexta-feira (28).
O crime aconteceu na conveniência de um posto de gasolina em frente à Praça 8 de Abril, na região central de Cuiabá, na madrugada desta quinta.
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3 Comentário(s).
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RAFAEL 28.04.23 08h48 | ||||
Esse policial civil poderia ter ligado no 190, ele não estava correndo risco de vida, ele estava em local inapropriado pra estar armado.. são inúmeros fatores que não argumenta tirar a arma do policial militar. Outra coisa, e se o advogado fosse também om e tivesse atirado no policial civil.. não existe argumento pra sacar a arma de alguém fora de serviço, a não ser que estivesse correndo risco de vida. | ||||
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Vinícius 28.04.23 07h07 | ||||
Como assim? está bebendo com uma pessoa que vc não sabe quem é ? meio estranha essa versão... | ||||
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Rsantos 27.04.23 21h13 | ||||
Um policial não senta na mesa de ninguém sem conhecer a pessoa, e ainda mais tarde da noite, e com outras mesas livres, muito mau contada essa história… | ||||
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