Cuiabá, Terça-Feira, 14 de Outubro de 2025
MOVIMENTOU R$ 3 MILHÕES
14.10.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Líder de facção preso em praia chefiava esquema de raspadinhas

Ederson Xavier de Lima, conhecido como “Boré”, foi preso no dia 28 de setembro em Niterói (RJ)

Reprodução

Imagens mostram momento da prisão de Ederson Xavier

Imagens mostram momento da prisão de Ederson Xavier

LIZ BRUNETTO E ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O homem apontado como líder do esquema de jogos de azar desarticulado pela Operação Raspadinha do Crime, deflagrada nesta terça-feira (14), foi identificado como o faccionado Ederson Xavier de Lima, de 43 anos, conhecido como “Boré”. Ele foi preso no dia 28 de setembro enquanto frequentava uma praia em Niterói (RJ).

 

Segundo a Polícia Civil, o esquema de exploração ilícita era promovido pela facção criminosa em mais de 20 cidades de Mato Grosso. Em apenas seis meses, o grupo teria movimentado mais de R$ 3 milhões com os jogos de azar.

 

Ederson é apontado como líder da facção no estado e possui diversas passagens criminais por tráfico de drogas, receptação, extorsão e organização criminosa.

 

Ele tinha mandado de prisão expedido pela 13ª Vara Criminal de Cuiabá e, no momento da captura, apresentou um documento falso.

 

A prisão do foragido foi resultado de uma investigação conjunta e de troca de informações entre a Polícia Civil de Mato Grosso — por meio do GCCO e do Draco — e o Departamento Geral de Polícia da Capital do Rio de Janeiro (DGPC/1ª DP).

 

Foram cinco dias de monitoramento até a localização e prisão do investigado, abordado em uma praia em Niterói. Ele estava acompanhado de dois comparsas, que também foram presos em flagrante por uso de documento falso e receptação.

 

A operação

 

A análise do material apreendido durante uma operação deflagrada em maio deste ano revelou a existência de uma rede organizada que operava um falso empreendimento de raspadinhas instantâneas.

 

Por trás da aparência de legalidade, a Polícia Civil identificou uma estrutura criminosa complexa, com planejamento empresarial, hierarquia e funções bem definidas. O jogo servia como fachada para lavagem de dinheiro e financiamento das atividades da facção, que buscava novas fontes de arrecadação paralelas ao tráfico e à extorsão.

 

A estrutura da empresa era dividida em três níveis operacionais. No topo, o núcleo estratégico, sediado em Cuiabá, coordenava as ações financeiras e definia as diretrizes da operação. Abaixo, o núcleo financeiro gerenciava contas bancárias de fachada, movimentando grandes quantias e distribuindo recursos para diferentes regiões do estado.

 

O núcleo operacional, presente em mais de 20 cidades, era formado por representantes locais responsáveis por distribuir os bilhetes, recolher valores e controlar a contabilidade das vendas. Todo o sistema era estruturado para garantir o anonimato da facção e mascarar a origem do dinheiro.

 

 

Na operação, foram cumpridos 21 mandados de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão, 11 ordens de bloqueio, além de 25 quebras de sigilo bancário e telemático e sequestro de valores que ultrapassam R$ 1,1 milhão. As ordens foram expedidas pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, da 5ª Vara Criminal de Sinop.

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