Cuiabá, Sexta-Feira, 12 de Setembro de 2025
REDE DE MENTIRAS
12.09.2025 | 07h14 Tamanho do texto A- A+

Operação mira empresários acusados de pirâmide financeira em MT

Um foi preso e outros alvos de busca por esquema de pirâmide financeira; R$ 1,3 mi foi bloqueado

PJC-MT

Polícia dá batida no Cuiabá Beach em ação contra empresários

Polícia dá batida no Cuiabá Beach em ação contra empresários

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (12), a Operação Rede de Mentiras, para desarticular um sofisticado esquema de pirâmide financeira, que movimentou milhões de reais por meio de empresas que atraíam investidores com promessas de lucros mensais.

 

A operação foi deflagrada com base em investigações da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), que cumpre um mandado de prisão preventiva, quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e diversas ordens judiciais de sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 1,3 milhão, suspensão de registro de pessoas jurídicas e proibição de exercício de atividade econômica.

 

A investigação também revelou indícios de lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra as relações de consumo e a economia popular.

 

O Ministério Público e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também atuaram no caso, reforçando a gravidade da conduta.

 

Até o momento, 27 vítimas procuraram a Delegacia do Consumidor, mas o número de pessoas lesadas em todo o país pode ser muito maior.

 

Esquema de Pirâmide

 

Segundo as investigações da Decon, o grupo era comandado por J. R. V. B., de 42 anos. Ele e seus sócios utilizavam as empresas Metaverso Soluções Digitais Ltda., Multiverso Digital Ltda. e Bispo Investments Ltda. para atrair investidores de diferentes estados do país, com promessas de lucros mensais de até 7% e garantias inexistentes de segurança financeira.

 

As apurações apontaram que o esquema movimentou milhões de reais por meio de propagandas em redes sociais e transmissões ao vivo no YouTube, no canal “Treta Trader”, para captar vítimas.

 

Além da promessa de rentabilidade sem risco, o grupo incentivava a entrada de novos investidores, prática típica de pirâmides financeiras.

 

Diversas vítimas relataram prejuízos expressivos, com aportes que variaram de alguns milhares até centenas de milhares de reais.

 

Em alguns casos, famílias inteiras foram lesadas. Houve relatos de intimidações e ameaças aos investidores que questionavam a falta de pagamento.

 

Diante da robustez das provas, a Polícia Civil representou ao Judiciário pelas medidas contra os investigados, além do bloqueio de bens e contas bancárias até o valor de R$ 1.354.206,00.

 

Denúncias

 

Consumidores que tiveram prejuízos com as empresas desses investigados devem registrar boletim de ocorrência ou procurar a Delegacia do Consumidor, situada na Rua General Otavio Neves, nº 69, Bairro Duque de Caxias (rua atrás do Shopping Goiabeiras), em Cuiabá-MT. Também é possível entrar em contato pelo e-mail [email protected]

 

Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 197 da Polícia Civil. O cidadão também pode registrar boletim de ocorrência em qualquer delegacia do estado ou, com mais praticidade, por meio da Delegacia Digital: delegaciadigital.pjc.mt.gov.br.

 

Nome da operação

 

Rede de Mentiras faz referência ao fato dos investigados utilizarem as redes sociais para divulgação do esquema e para cooptar as vítimas, criando uma verdadeira teia para captação dos investidores.

 

Vídeo

 

 

 

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