Uma discussão de trânsito quase termina em tragédia, na noite desta segunda-feira (26), por volta de 20h30, em Cuiabá.
O policial federal Walter Sebastião Piovan Júnior, de 40 anos, e o papiloscopista Fabrício Francisco Costa Leite, de 51, trocaram tiros em plena Avenida do CPA, quase na altura do Viaduto da Avenida Miguel Sutil (Perimetral), em frente à concessionária de motos Planetárium.
Do outro lado da avenida, a poucos metros, fica a sede da Polícia Federal em Mato Grosso.
Segundo Fabrício Leite, houve um princípio de discussão entre ambos, na altura da Avenida Mato Grosso com a Avenida Prainha.
Ele dirigia a caminhonete S-10, de cor preta, placas NJQ-8165, e o policial federal um Fox branco, placas NJI-7393, logo à sua frente.
A cerca de vinte metros antes do viaduto da Avenida Miguel Sutil, o policial federal, segundo Fabrício Leite, parou o carro e desceu atirando contra ele.
De acordo com Fabrício, que é lotado na Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), foram, no mínimo, 12 tiros de pistola contra ele.
Assim que viu o agente federal sacar sua arma, de dentro da S-10, o papiloscopista disse que também começou a disparar o seu revólver calibre 38. A arma, de 6 tiros, foi descarregada.
Ao perceber que Fabrício Leite estava disparando, segundo testemunhas, o policial federal teria corrido para se proteger atrás de uma árvore e continuou disparando a pistola.
Em seguida, outros agentes da Polícia Federal chegaram ao local. O policial foi para o prédio da Superintendência da PF. Nenhum dos dois foi baleado.
O técnico da Politec ficou com o rosto cortado por estilhaços do vidro dianteiro da sua caminhonete, que teria sido atingindo por, pelo menos, doze tiros.
Como ainda havia congestionamento no trânsito, houve um princípio de tumulto entre motoristas e motociclistas no local. Muito deixaram seus veículos e saíram correndo para longe do tiroteio. Apesar da gravidade do episódio, nenhum pedestre ficou ferido.
CompetênciaO diretor metropolitano da Polícia Civil, Luciano Inácio, a corregedora da Polícia Militar, Karen Dunder, e o secretário-adjunto de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, continuam reunidos, até o momento, na sede da Polícia Federal.
Eles devem decidir de quem será a competência para apurar o caso - do Estado ou da Federação.
Segundo a assessoria da Polícia Federal, o agente continua no prédio da instituição e disponibilizou prontamente sua arma para perícia. A arma do policial civil está sob guarda da Polícia Militar.
Veja as fotos exclusivas do MidiaNews feitas no local do tiroteio: