Cuiabá, Terça-Feira, 24 de Junho de 2025
TIROTEIO NA CAPITAL
28.03.2012 | 12h30 Tamanho do texto A- A+

Polícia Federal diz que agente não atirou primeiro

Em nota, PF afirma que o policial apenas respondeu ao tiros disparados contra ele

Reprodução

Em nota, Polícia Federal nega que agente tenha descido atirando contra técnico da Politec

Em nota, Polícia Federal nega que agente tenha descido atirando contra técnico da Politec

DA REDAÇÃO
A Polícia Federal emitiu uma nota afirmando que o agente Walter Sebastião Piovan, de 40 anos, não foi quem atirou primeiro na troca de tiros que ocorreu na noite da última segunda-feira (26), em Cuiabá.

Segundo a nota, o papiloscopista Fabrício Francisco da Costa Leite, 51, teria perseguido Piovan pela Avenida do CPA, e o fato teria culminado no tiroteio

O policial federal disse que o início do incidente ocorreu no cruzamento entre as avenidas Historiador Rubens de Mendonça (Prainha) e Mato Grosso.

Ele disse que Fabrício Leite estava em uma caminhonete S-10 preta e teria atravessado o sinal vermelho, o que motivou o policial federal a buzinar para o técnico da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

O agente contou, segundo a nota, que na altura da Clínica Femina, o papiloscopista reduziu a velocidade e deu passagem ao policial federal.

A partir de então, ele passou a perseguir o veículo Fox do policial, aproximando com hostilidade a caminhonete S-10 que dirigia, buzinando e dando “sinais de luz”.

A atitude do papiloscopista teria gerado preocupação em Piovan, por causa das funções que desempenha na PF.

Por essa razão, ele resolveu parar o carro em frente à Superintendência Regional da Polícia Federal para receber apoio em eventual ocorrência, pois desconfiou da conduta de Fabrício Leite ao trânsito e não sabia até onde ele iria persegui-lo, ou que atitude poderia tomar à medida que diminuísse o tráfego de veículos da avenida.

Abordagem

O policial federal, então, disse ter descido de seu veículo em frente à caminhonete dirigida pelo papiloscopista da Politec e se apresentado como policial federal, fazendo uma abordagem padrão. Ao descer de seu carro, Piovan estaria com sua arma de uso funcional - uma pistola calibre .09 mm de uso restrito às forças policiais – empunhada para baixo.

Ainda segundo Piovan, ele manteve a arma apontada para o chão e apresentou-se como policial, quando foi recebido com um tiro.

Após isso, houve troca de tiros até que se esgotassem as munições de Fabrício Leite. No total, segundo a nota da PF, foram disparados sete tiros da pistola e seis do revólver de Fabrício Leite.

Ao cessar a ameaça de tiros da arma de Leite, o agente Piovan disse que parou de atirar, deixando ainda três munições na pistola.

Segundo a PF, tal ação demonstra “autocontrole e intenção do policial federal de não matar o outro envolvido”.

O agente federal irá responder à um processo administrativo dentro da Instituição e não será afastado de suas funções até a conclusão da sindicância, a não ser que deseje passar por uma avaliação médica e seja comprovada a necessidade de afastamento temporário.

Confira abaixo a íntegra da nota enviada pela Polícia Federal, com a versão do policial federal Walter Piovan.

A Versão do Policial Federal

O início do incidente ocorreu no cruzamento entre as avenidas Historiador Rubens de Mendonça e Mato Grosso.

O Policial Federal afirmou que o papiloscopista atravessou o sinal vermelho, o que o levou a buzinar. Após o contorno, o agente continuou na Avenida Rubens de Mendonça. Na altura da Clínica Femina, o papiloscopista reduziu a velocidade e deu passagem ao Policial Federal.

Após isso, o senhor Fabrício Leite passou a perseguir o veículo Fox do Agente Piovan, aproximando com hostilidade a caminhonete S-10 que dirigia, buzinando e dando “sinais de luz”, gerando preocupação em razão das funções que Piovan ocupa na Polícia Federal.

O agente Piovan optou por parar o carro em frente à Superintendência Regional para receber apoio em eventual ocorrência, pois desconfiara da conduta do senhor Fabrício ao trânsito e não sabia até onde ele iria persegui-lo ou que atitude poderia tomar à medida que diminuísse o tráfego de veículos da avenida.

O policial Piovan desceu de seu veículo em frente à caminhonete dirigida pelo senhor Fabrício, apresentou-se como policial federal para abordagem padrão. Ao descer de seu carro, o Piovan estava com sua arma de uso funcional - uma Pistola calibre .09mm de uso restrito às forças policiais- empunhada para baixo, fato comum às abordagens policiais.

Ainda segundo Piovan, manteve a arma apontada para o chão e apresentou-se como policial, quando foi recebido com um tiro. Após isso, houve troca de tiros até que se esgotassem as munições de Fabrício Leite. No total, foram disparados sete tiros da pistola e seis do revólver de Fabrício Leite.

Ao cessar a ameaça de tiros do Senhor Fabrício, o agente Piovan parou de atirar, restando ainda três munições na pistola, em demonstração de autocontrole e da intenção do policial federal de não matar o outro envolvido.

Após a troca de tiros, o Agente Piovan contou que entrou em contato com o Plantão da Polícia Militar de Mato Grosso.

Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso

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COMENTÁRIOS
17 Comentário(s).

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amilton  29.03.12 10h23
um mais irresponsavel, incompetente e despreparados do que o outro. cuiaba precisa urgente de uma campanha educativa no transito para formar motoristas responsaveis e educados...
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amilton  29.03.12 10h17
se o pais fosse serio no minimo esses dois inrresponsaveis estariam presos . voces ja imaginaram se um filho nosso fosse atingido ... voces acham mesmo que esses dois nao teriam de evaporar do planeta...
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CLAUDIO PALMA   29.03.12 09h27
Muito feio a Instituição Polícia Federal sair com nota "esposando" a indigesta versão da defesa de seu agente - PERDE A CREDIBILIDADE MAIS UMA VEZ COMO INSTITUIÇÃO - lamentável o ocorrido mas mais lamentável ainda é esta posição da Instituição. É a insegurança nas ruas e a indiscriminada desconfiança nos policiais, especialmente nos corporativistas que assim estimulam seus supervisionados a atos como esta que põe e risco toda uma população. e nenhum deles estava em diligência ou a trabalho...
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Marcio Durante  29.03.12 06h29
O mais leigo e novato dos policiais estão careca de saber que não realiza abordagem a um suspeito sozinho. Muito menos num caso em que no carro suspeito há duas pessoas. Explicação criada e montada. Ficou até barato pro FEDERAL por ter abordado o suspeito de frente, contrariando a técnica policial. NÃO CONVENCE.
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Muniz  28.03.12 21h18
SE FOSSE EM UM PAÍS ONDE AS AUTORIDADES SUPERIORES TRATASSEM AS COISAS COM MAIS SERIEDADE, MUITO PROVAVELMENTE OS DOIS ESTARIAM NA RUA SEM OS SEUS EMPREGOS.
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