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28.03.2012 | 17h36 Tamanho do texto A- A+

Técnico da Politec será afastado durante investigações

Fabrício Leite está de licença-prêmio e não estava em atividade no dia do tiroteio

MidiaNews

Fabrício Leite está em licência-prêmio; ele será afastado da função, durante as investigações sobre o tiroteio

Fabrício Leite está em licência-prêmio; ele será afastado da função, durante as investigações sobre o tiroteio

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

O papiloscopista Fabrício Francisco Costa Leite, de 51 anos, será afastado da função que exerce na Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Ele se envolveu em um tiroteio, na noite de segunda-feira (26), com o policial federal Walter Sebastião Piovan, 40. O fato, que foi antecipado pelo MidiaNews, aconteceu na Avenida do CPA, em Cuiabá.

Segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), pasta à qual a Politec é vinculada, o técnico ficará sem exercer suas funções enquanto durarem as investigações internas do órgão.

No dia em que trocou tiros com o agente federal, o papiloscopista já não estava em atividade, pois está de licença-prêmio.

Nesta quarta-feira (28), foi encaminhado um ofício à Diretoria Metropolitana da Polícia Judiciária Civil (PJC), solicitando o envio do inquérito criminal aberto para apurar os fatos e que será conduzido pelo delegado Roberto Massuo Ohara, da Delegacia do Carumbém (Cisc/Planalto).

Segundo a assessoria da Sesp, de acordo com as informações e depoimentos que foram colhidos no processo, o corregedor da Politec, Marcos Rogério de Paula, irá decidir se será aberta uma sindicância (processo administrativo) ou uma instrução sumária para apurar os fatos.

Independentemente da via escolhida, a assessoria da Segurança Pública afirmou que ambos os procedimentos podem resultar em penalidades ao servidor, que variam desde uma simples advertência até a exoneração do cargo. As investigações internas devem durar até trinta dias.

Sindicância na PF

Diferentemente do papiloscopista, o policial federal Walter Sebastião Piovan não está afastado de suas funções. Ele  somente poderá ser afastado de suas atividades após a abertura da sindicância, caso o delegado nomeado ache necessário que o policial passe por uma avaliação psicológica.

De acordo com a assessoria da PF, a iniciativa de afastamento poderá partir do próprio policial, caso ele acredite que esteja abalado psicologicamente e que não tem condições para continuar trabalhando.

Após a abertura da sindicância, que deverá durar trinta dias, o delegado responsável irá verificar a quais artigos o policial federal vai responder e, somente então, poderá definir possíveis punições administrativas.

A assessoria informou que Piovan já possui dez anos de serviço e que, antes de ingressar na PF, ele foi agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e sempre manteve boa conduta como servidor público.

A PF afirmou ainda que todos os agentes passam por avaliações físicas e psicológicas e também por uma investigação social, antes de assumirem suas funções.

Flagrante

A Polícia Civil autuou em flagrante Walter Piovan e Fabrício Leite pelo crime de disparo de arma de fogo. Ambos foram liberados, após pagarem fiança de R$ 622 cada um.

O papiloscopista não possui porte de arma e o revólver calibre 38 utilizado por ele na troca de tiros com o policial federal teria sido comprada em 1999, de um morador do bairro a Lixeira. Desde então, o porte da arma não foi modificado.

Fabrício Leite, no entanto, não será autuado por porte ilegal de arma de fogo.

O caso

O policial federal e o papiloscopista se envolveram em um tiroteio na noite de segunda-feira, por volta das 20h30, numa das vias mais movimentadas da Capital. O motivo para a troca de tiros seria uma discussão de trânsito.

De acordo com a nota enviada pela Polícia Federal, foram disparados sete tiros da pistola do policial federal e seis munições da arma carregada pelo papiloscopista.

A perícia de local de crime e do veículo atingido, uma caminhonete S-10 dirigida por Fabrício Leite, foi realizada na mesma noite. O papiloscopista da Politec ficou com o rosto cortado por estilhaços do vidro dianteiro da sua caminhonete.

Segundo o papiloscopista, houve um princípio de discussão entre ambos, na altura da Avenida Mato Grosso com a Avenida Prainha.

A cerca de vinte metros antes do viaduto da Avenida Miguel Sutil, o policial federal, segundo Fabrício Leite, parou o carro e desceu atirando contra ele.

O agente federal negou tal versão e afirmou ter sido perseguido por Leite, durante todo o trajeto.

Preocupado devido à função que ocupa, Piovan teria parado o carro próximo à Superintendência da Polícia Federal e desceu do veículo com a arma apontada para baixo, se identificando como policial federal.

Piovan alegou ter sido recebido a tiros pelo papiloscopista e que apenas atirou de volta, em legítima defesa.

No entanto, de acordo com assessoria da PJC, apenas após o resultado do exame de balística e de depoimentos colhidos ao longo do inquérito policial, será possível definir quem disparou primeiro.

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DANIEL   29.03.12 08h37
AI VEJA NO QUE DEU SUA IGINORANCIA SR FABRICIO QUASE NA HORA DE SE APOSENTAR VAI SER AFASTADO AI AGORA COMO VC NAO TEM PORTE DE ARMA DE FOGO NAO PODE NEM SER SEGURANÇA DE MERCADO QUE COISA FEIA .........
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