A defesa da personal trainer Débora Sander, de 43 anos, que acusou o ex-companheiro, o policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, de agredi-la no dia 3 de agosto, diz que a prisão dele confere proteção e reduz o trauma da vítima.
A policial foi preso na tarde desde domingo (1º) por ordem da da Justiça.
Segundo a advogada Karime Dogan, responsável pela defesa de Débora, Sanderson estar atrás das grades minimiza o trauma contínuo que Débora sofria por saber que a sua vida e de seus familiares corria risco com ele a solta.
Para ela, a prisão traz proteção imediata para a personal, evitando o risco de novas agressões ou intimidações.
A defesa afirmou ainda que a prisão também é positiva para a sociedade em geral e manifestou confiança no trabalho da equipe da Delegacia Especializada de Defesa e Proteção da Mulher e da Corregedoria de Polícia Civil de Mato Grosso.
“Importante dizer que a prisão do acusado traz resultados positivos também para à sociedade, tais como: Prevenção da reincidência - impede que o agressor continue a cometer crimes com outras vítimas; encoraja novas denúncias - mais vítimas denunciam, pois enxerga que o sistema de justiça está atuando de maneira eficaz; eforço das normas sociais - demostra um compromisso com a seriedade da violência doméstica e reforça que tais comportamentos não serão tolerados”, diz trecho da nota.
“A prisão do acusado deixa uma mensagem para toda à sociedade: Seja qual for o cargo ou ocupação, se cometer crime irá ser responsabilizado”, encerrou.
Sanderson teve mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão cumpridos contra ele neste domingo (1°). Ele escapou da prisão em flagrante pois foi para o Rio de Janeiro após a acusação.
Desta vez ele foi localizado em uma residência no bairro Morada do Ouro, na Capital, e uma equipe da Corregedoria Geral da Polícia Civil acompanhou o cumprimento dos mandados judiciais. Após denunciar, Débora viajou para o interior do Estado temendo pela sua segurança e havia solicitado uma medida protetiva contra o policial.
Após o cumprimento do mandado, ele foi encaminhado para exame de corpo de delito e será apresentado em audiência de custódia no Fórum de Cuiabá na tarde desta segunda-feira (2).
O caso
No último dia 19, Débora Sander denunciou através das suas redes sociais que teria sofrido uma série de agressões por parte do ex-companheiro. O caso gerou repercussão e ela ganhou o apoio de diversas autoridades, inclusive da primeira-dama Virgínia Mendes.
Ela relatou que estava se relacionando com o investigador há dois anos e que o relacionamento sempre foi marcado por violência psicológica e financeira, mas a situação piorou quando começou a ser agredida fisicamente, no dia 3 de agosto.
"Não vou ficar com um homem armado, ameaçando meu filho e a mim. Ele fala que meu filho vai chorar e vai sofrer muito ainda. Por isso, saí para me proteger, mas ainda estou com várias lesões no corpo", relatou.
Débora disse ainda que, quando tentou denunciá-lo pela primeira vez, o ex teria dito que "polícia ajuda polícia" e que a denúncia dela não o afetaria.
Ela afirmou que se sentiu coagida pelos outros policias que tentavam convencê-la de não realizar a denúncia e voltar para casa "para acobertar o acontecimento".
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