Cuiabá, Quarta-Feira, 6 de Agosto de 2025
"HERANÇA"
06.08.2025 | 07h34 Tamanho do texto A- A+

Abilio cita "sumiço" de R$ 10 mi e diz que União bloqueou emendas

Emanuel não prestou conta de recurso; prefeito foi a Brasília para tentar liberar valores para a Capital

Victor Ostetti/MidiaNews

O prefeito Abilio Brunini, que foi até Brasília para tentar desbloquear emendas parlamentares

O prefeito Abilio Brunini, que foi até Brasília para tentar desbloquear emendas parlamentares

DA REDAÇÃO

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), revelou que a União bloqueou o envio de recursos provenientes de emendas parlamentares após a gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro não prestar contas de R$ 10,1 milhões em transferências diretas (chamadas de Emendas PIX).

 

O que vemos aqui é um exemplo clássico de má gestão dos recursos públicos. Nossa equipe técnica está mobilizada e comprometida em corrigir essa distorção

Os recursos que geraram o bloqueio advêm de indicações dos deputados federais Emanuel Pinheiro Neto, Rosa Neide e do senador Jayme Campos.

 

Na terça-feira (5), o prefeito Abilio Brunini tentou reverter a situação em Brasília junto ao Congresso e ao Poder Judiciário. Atualmente há R$ 5,7 milhões bloqueados por conta da falta de transparência de emendas anteriores destinadas na gestão passada.

 

A missão levou o prefeito, na segunda-feira (4), à Capital Federal para reverter a decisão da União e advém da falta de transparência na prestação de contas nos anos de 2024 e 2023.

 

As irregularidades envolvem emendas dos deputados federais Emanuel Pinheiro Neto (R$ 4,3 milhões), Professora Rosa Neide (R$ 1,6 milhão) e do senador Jayme Campos (R$ 4,2 milhões), cujos valores foram depositados em conta específica de convênio, mas posteriormente transferidos para a Conta Única da Prefeitura — mecanismo central de movimentação financeira do Executivo municipal.

 

O problema é que, ao serem unificados com os demais recursos, os valores perderam sua rastreabilidade, o que impossibilita comprovar sua destinação.

 

O uso dessas emendas pode ter infringido a Emenda Constitucional 105/2019, que proíbe expressamente a aplicação de emendas parlamentares no pagamento de salários, encargos ou dívida pública.

 

Segundo parecer técnico da Prefeitura de Cuiabá, não houve a abertura de crédito orçamentário específico para o uso das emendas, o que feriu os princípios de transparência, planejamento e vinculação legal.

 

A Procuradoria Geral do Município já instaurou um processo administrativo para apurar a possível má destinação dos recursos e apresentar documentação que justifique os gastos.

 

A situação ficou ainda mais delicada após a Justiça conceder uma liminar à Prefeitura, determinando o prazo de 30 dias para apresentação de prestação de contas — sob pena de impossibilitar o município de continuar recebendo transferências federais.

 

Enquanto tenta reverter os efeitos do bloqueio, o prefeito também luta para garantir a liberação de R$ 5,7 milhões em emendas dos deputados federais José Medeiros e Nelson Barbudo, que estão paralisadas devido ao impasse. Esses recursos são destinados a áreas estratégicas como saúde e tecnologia.

 

“O que vemos aqui é um exemplo clássico de má gestão dos recursos públicos. Nossa equipe técnica está mobilizada e comprometida em corrigir essa distorção e garantir que a população cuiabana receba os benefícios de ações oriundas de recursos destinados pela bancada de Mato Grosso”, frisou o prefeito.

 

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