Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Dezembro de 2025
"NÃO TEMOS JUSTIÇA"
22.12.2025 | 11h30 Tamanho do texto A- A+

Cattani critica Defensoria por atuar em favor de assassinos da filha

Filha do deputado foi morta com 34 facadas em julho de 2024; assassinos vão a júri em janeiro

Victor Ostetti/MidiaNews

O deputado Gilberto Cattani, que teve a filha assassinada aos 26 anos

O deputado Gilberto Cattani, que teve a filha assassinada aos 26 anos

CÍNTIA BORGES E VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) voltou a dizer que não acredita que possa haver “justiça”, no julgamento dos assassinos de sua filha, a empresária Raquel Maziero Cattani, morta a facadas aos 26 anos em 2024.

 

Não acredito em justiça mais. O que for feito, vai ser feito. Da minha parte, não tenho nenhuma expectativa

Os irmãos Romero Xavier Mengarde e Rodrigo Xavier Mengarde, são acusados de planejar e assassinar, respectivamente, a produtora rural em julho do ano passado. O julgamento, que será no Tribunal do Júri, deve ocorrer em 22 de janeiro, uma quinta-feira, do ano que vem. 

 

Segundo o deputado, a esposa e mãe de Raquel, Sandra Cattani, tem expectativas quanto a condenação dos criminosos. Ele, no entanto, disse não nutrir esperanças.

 

“A mãe dela, Sandra, está entusiasmada para ir lá e ver o que vai dar. Eu já havia falado que não existe um ‘justiçamento’. Até porque, nós mesmo pagamos advogados [defensores públicos] para defender esses camaradas”, disse.

 

“Eu não acredito em justiça mais. O que for feito, vai ser feito. Da minha parte, não tenho nenhuma expectativa. Só esperar para ver o que acontece”, emendou.

 

Cattani criticou a atuação da Defensoria Pública na defesa dos réus. 

 

“No nosso País não temos mais Justiça. Uma justiça em que uma Defensoria Pública defende, com nossos impostos e dinheiro, quem tira a vida de um cidadão honesto da sociedade... Não pode existir justiça desse jeito, não”, afirmou.

 

Pena de morte

 

O parlamentar voltou a defender a aplicação da pena de morte no Brasil, vedada pela Constituição Federal. “Única justiça que conheço é quando a vítima é atendida e o agressor é punido da mesma maneira ou a medida do ato que ele cometeu. Se isso não acontece, para mim não é justiça”, disse.

 

E lembrou o caso dos netos, os dois filhos de Raquel, que estão sob a guarda dele e da esposa. 

 

“Principalmente a questão das vítimas. Hoje, você tem os órfãos - não só dos meus netos, mas todos do Estado - não tem nenhum deles sendo assistido pelo Estado. Enquanto os bandidos que mataram são defendidos pelo Estado”, completou.

 

Veja:

 

 

O caso

 

Romero, que foi casado com Raquel por cerca de dez anos e não aceitava o fim do relacionamento, teria planejado o crime e oferecido R$ 4 mil ao irmão Rodrigo para matá-la. Conforme a investigação, os dois se ajustaram previamente para a execução.

 

Em 18 de julho de 2024, no Rancho PH, localizado no Assentamento Pontal do Marape, zona rural de Nova Mutum, o irmão de Romero invadiu a propriedade, se escondeu na casa de Raquel, e a matou com 34 facadas.

 

Os dois réus e seguem presos preventivamente. Eles serão levados ao plenário presencialmente, sem o uso de algemas e vestidos com roupas civis, conforme determinação da magistrada, no próximo dia 2 de janeiro.

 

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