Em uma sessão tumultuada, a Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (22), em primeira votação, o projeto de lei do Governo do Estado estabelecendo a Revisão Geral Anual (RGA) de 6% para os servidores públicos.
Na segunda votação, o deputado estadual Zeca Viana (PDT) pediu vistas do projeto.
Em greve desde o dia 31 de maio, servidores acompanharam toda a sessão e promoveram um “apitaço” ao longo da noite.

O projeto do Governo, que fixa o índice de correção da RGA para o ano de 2016, inicialmente teve aprovado pedido para tramitar em regime de “urgência, urgentíssima”.
Em seguida, após encerrar a sessão e convocar uma extraordinária, o presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB), pediu que a Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária fizesse parecer oral. Dos cinco membros, dois votaram contra o projeto.
Após o parecer favorável, Maluf então determinou a primeira votação e a contagem oficial foi de 12 votos a favor e 10 contra.
Aos gritos, os deputados de oposição apontaram erros na contagem de votos. A deputada Janaina Riva (PMDB) disse que o resultado final seria, na verdade, de 11 votos contra e 10 a favor.
O deputado estadual José Carlos do Pátio (SD) chegou a requisitar uma votação nominal, mas Maluf não aceitou o pedido e determinou o parecer oral da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Antes que houvesse o parecer, Zeca Viana pediu vistas e terá prazo regimental de 24 horas para emitir voto.
Como a sessão na quinta-feira ocorre somente no período da manhã, e foi decretado ponto facultativo por causa da chegada da tocha olímpica a Mato Grosso, o projeto deverá voltar ao plenário na próxima terça-feira (28).
Anulação
A deputada Janaina Riva anunciou, após o fim da sessão, que irá pedir as imagens do plenário para questionar judicialmente a votação.
Seu objetivo é tentar anular a mesma, já que o presidente Guilherme Maluf teria se negado a contar os parlamentares e os votos. "Vários deputados estavam ausentes e os votos podem ter sido contabilizados", disse.
"Na contagem do presidente foram 12 votos a 10, mas o Baiano Filho não estava em plenário e o voto dele não pode ser considerado. Além disso, o deputado Wagner Ramos também mudou o voto dele, o que nos deu 11 a 10. Pelas imagens vamos conseguir ver o que realmente aconteceu, porque acreditamos que nem o que houve na Comissão de Orçamento foi válido. Se isso realmente aconteceu, vamos pedir a anulação na Justiça", disse.
O projeto
O projeto enviado pelo Governo prevê o pagamento de 6% dos 11,27% da RGA em três parcelas - nos meses de setembro deste ano e janeiro e abril de 2017.
Já os 5,27% restantes da reposição, a partir de março do ano que vem, serão pagos desde que o Estado esteja enquadrado nos gastos com folha salarial exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Ainda há no projeto o pagamento das perdas inflacionárias retroativas a maio deste ano, nos meses de maio e setembro de 2017.
Conforme a lei, maio é o mês em que deveria ocorrer o pagamento da reposição. Como não houve esse pagamento, os salários estão sofrendo novas perdas inflacionárias até que a RGA seja paga integralmente.
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13 Comentário(s).
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| LISBETE 23.06.16 15h53 | ||||
| PERDEU OS VOTOS DA MINHA FAMÍLIA SENHOR MALUF, POIS MESMO QUE O SENHOR PEDRO TAQUES TENHA SE TORNADO A"LEI'EM MT, TEMOS O LIVRE ARBÍTRIO DE VOTAR EM QUEM CONFIAMOS. | ||||
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| Antonio Helio 23.06.16 15h24 | ||||
| Essa Deputada Janaina Riva esta se saindo muito bem na AL. | ||||
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| JUNIOR 23.06.16 14h09 | ||||
| Se o estado só tem condições de pagar o RGA de 6% para os servidores do EXECUTIVO pelo MOTIVO da CRISE, BLZ. Agora não consigo entender como para o JUDICIÁRIO E TCE e departamentos de INTERESSE do governo,Tem como pagar integral?? Os grevista deveriam entrar com processo no STF, pois isso é discriminação, ou então para igualar para todos os ÓRGÃOS recebessem os percentuais iguais. Diminuiriam um pouco dos que receberam 11.28% e aumentaria dos que estão querendo pagar 6%. | ||||
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| Henrique 23.06.16 13h05 | ||||
| O momento é de apoio ao estado, aos que nele vivem, o momento não é de radicalismo o estado mostrou várias vezes a situação financeira e propôs aquilo que estava ao seu alcance no momento, e deixando aberto o restante assim que melhorar sua situação financeira, não adianta sacrificar todo o estado. | ||||
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| Anival 23.06.16 11h06 | ||||
| Certíssimo, a lei é pagar, mas não se deve sacrificar o estado todo...paga-se o que pode, usa-se o dinheiro pra beneficiar todos, a maioria da população está ao seu favor e à sim entre esses funcionários públicos ao seu favor, os eleitores do estado não são só funcionários públicos, mesmo entre os func. públicos a pessoas coerentes q enxergam o que passa todos estados e dão graças a Deus de receber em dias e vem que a administração de hj quer que seja mantido o principal que é o pagamento dos salários e fornecedores em dia. | ||||
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