Mendes critica sessão única: “Trabalho 12 h por dia e acho pouco”

O governador Mauro Mendes (União) alfinetou os deputados estaduais nesta terça-feira (28) e disse ser “preocupante” a concentração das sessões plenárias em apenas um dia na semana.

“É preocupante. Se o Legislativo diz que só precisa reunir uma vez por semana, tem que entender melhor essa lógica e esse papel que eles estão desempenhando, que está demandando uma reunião por semana”, disse. 

“Eu, aqui [no Palácio Paiaguás], trabalho em média 12 horas por dia e todos os dias tenho a sensação de que é pouco”, emendou.

Eu, aqui [no Palácio Paiaguás], trabalho em média 12 horas por dia e todos os dias tenho a sensação de que é pouco

Desde o início da pandemia, as sessões ordinárias são concentradas às quartas-feiras, com possibilidade da participação virtual do parlamentar. Antes, ocorriam às terças à noite, quartas-feiras de manhã e no fim da tarde e às quintas de manhã.

Com o fim do período pandêmico, parlamentares passaram a criticar o baixo número de sessões. Por isso, o presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho, garantiu que colocará o tema em discussão no Colégio de Líderes em reunião a ser realizada na manhã de quarta-feira (29). Botelho tem defendido com veemência a concentração dos trabalhos. 

A alfinetada ocorre em meio a uma disputa interna no União Brasil quanto à possível candidatura a prefeito de Cuiabá, em 2024. Mendes que tem como predileto o deputado federal Fábio Garcia, e Botelho diz que não abre mão de concorrer.

Mensagens ao Legislativo

Se o Legislativo diz que só precisa reunir uma vez por semana, tem que entender melhor essa lógica

A crítica de Mendes ocorreu após a imprensa questioná-lo sobre uma declaração de Botelho, que afirmou que irá diminuir as dispensas de pauta das mensagens e projetos governamentais. Botelho justificou que as mensagens devem ser melhor debatidas na Casa de Leis.

Mendes disse concordar com a atitude do parlamentar, mas que, se necessário, irá mandar os projetos com as devidas justificativas.

“Eu concordo com ele. Não tem problema, mas existem excepcionalidades, existem situações que surgem de última hora, e nós vamos mandar pra Assembleia. Agora se ela [a Assembleia] achar que trabalhando uma vez por semana vai contribuir pra Mato Grosso... É uma decisão que os deputados podem tomar”, afirmou. 

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