O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), saiu em defesa do governador Pedro Taques (PSDB) e classificou como “natimorta” a investigação sobre um esquema de escutas clandestinas envolvendo o Palácio Paiaguás.
Os “grampos” ilegais seriam feitos pela Polícia Militar de Mato Grosso, que se utilizaria do esquema para monitorar adversários políticos do Governo, jornalistas, advogados e empresários.
O esquema funcionaria por meio da chamada "barriga de aluguel", quando números de telefones de cidadãos comuns, sem conexão com uma investigação, são inseridos em um pedido de quebra de sigilo telefônico à Justiça.

O inquérito sobre o caso está na Procuradoria Geral da República, sob comando do procurador Rodrigo Janot.
Botelho afirmou que o caso já foi investigado e arquivado pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE-MT).
“Em minha opinião, esse é um assunto que nasce morto, porque o governador agiu prontamente, agiu rápido, deu decisões certas”, disse o presidente.
“O governador mandou o caso para o Gaeco rapidamente. O Gaeco é que mandou arquivar, então, o governador agiu dentro dos princípios dele”, completou Botelho, em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta sexta-feira (13).
Saída de secretário
Apesar das declarações de Botelho, o caso não é tratado como “natimorto” pelo Executivo, haja vista, por exemplo, que o secretário da Casa Civil, Paulo Taques, deixou o cargo na última quinta (11) para atuar neste caso, como advogado.
Por meio de nota, o Palácio Paiaguás disse que Taques irá defender o Governo nesta investigação.
Botelho disse que a saída de Paulo Taques do staff do governador Pedro Taques (PSDB) é uma grande perda, mas afirmou que o assunto não pode ficar sendo “remoído”.
“Acho que em relação às tratativas do Governo com Assembleia não vai mudar nada. Saiu um entra outro, vai ter que continuar a mesma coisa. O problema é que o Governo perde, na medida em que tinha uma pessoa que já estava alinhada, que vinha desde o início da gestão, era uma pessoa de extrema confiança do governador. Perde o Governo com a saída do Paulo”, disse.
“Agora, não é nada que não pode se recompor. Daqui a pouco entra outro secretário, entra no perfil, vai pra frente. E a coisa continua. Acho que ninguém é insubstituível. Bola pra frente. Temos que trabalhar. Não podemos ficar nessa discussão. Saiu um? Saiu, mas vamos continuar trabalhando”, concluiu o presidente.
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3 Comentário(s).
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| Pedro 13.05.17 10h00 | ||||
| Calma deputado que agora a investigação é mais em cima.... | ||||
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| Lucas Ferraz 12.05.17 20h04 | ||||
| A Assembleia Legislativa que é o um órgão do Governo, como se fosse uma Secretaria Subordinada ao Governado, pois não vemos nela uma instituição para fiscalizar e cobrar medidas e atitudes do Governo Estadual. | ||||
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| Miguel Pereira de Almeida 12.05.17 11h39 |
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