A Câmara de Sorriso cassou o mandato do vereador Maximino Vanzella (DEM), por quebra de decoro parlamentar, na manhã desta segunda-feira (3).
Ele é acusado de tramar um falso atentado contra o suplente de vereador Cícero Aparício Zimmermann (PMDB), em junho de 2011, com o objetivo de incriminar o então vereador Gerson Francio, o ‘Jaburu’.
Foram oito votos pela cassação, um contrário e duas abstenções. O julgamento deveria ter sido realizado na sessão anterior, mas Vanzella não compareceu alegando motivos de saúde.
“Fizemos justiça. Agimos com o máximo de lisura e a Câmara de Sorriso fez, em plenário, o que se espera dela”, afirmou a presidente da Câmara, vereadora Marisa dos Santos Netto (PSD).
O vereador Luiz Fábio Marchioro (PDT), relator do processo que resultou na cassação de Vanzella, disse que a decisão foi tomada com base em fatos.
“Diante da pergunta se o verador Vanzella cedeu sua empresa para a reunião que tramaria o atentado contra Zimmermann, a resposta foi sim. E, quanto ao questionamento sobre sua participação na reunião, a resposta também foi sim. E, assim, o plenário julgou o caso”, disse Luis Fabio.
O advogado Ronan de Souza Oliveira, responsável pela defesa do vereador cassado, não compareceu à sessão, alegando não ter sido notificado e por considerar o julgamento meramente político.
Ronan Oliveira citou que Vanzella já foi inocentado da acusação em duas instâncias: no inquérito da Delegacia de Policia Civil e, depois, pela própria Promotoria Criminal do Ministério Público da Comarca de Sorriso.
Vanzella já estava afastado do cargo de vereador desde 28 de maio, por decisão da Câmara. Ele alegou perseguição política, pois estaria cobrando investigações contra outro vereadores. Leia
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Histórico de cassaçõesNo ano passado, a Câmara de Sorriso cassou três vereadores de oposição (Chagas Abrantes, Jaburu e Roseane Marques), acusados de pedirem propina ao prefeito, em troca de apoio no Legislativo Municipal.
A comissão de ética também investigou, há alguns meses, o ex-vereador Paulo da Farmácia, que renunciou ao mandato alegando questões políticas e pessoais.