Condenado por ato de improbidade administrativa em julho passado, em um esquema de desvio de mais de R$ 3 milhões, o secretário de Gestão Fazendária de Várzea Grande, Marcos José da Silva, é cotado para comandar uma nova "supersecretaria", anunciada pela prefeita Flávia Moretti (PL), unindo as pastas de Planejamento e Gestão Fazendária.
Marcos José foi condenado, junto com o empresário Marcos Moreno Miranda e os ex-servidores públicos Cláudio Roberto Borges Sassioto e Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim, pela juíza Célia Vidotti, da Vara Especializada em Ações Coletivas.
Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) pelo esquema fraudulento, entre 2015 e 2017.
A Operação Convescote, do Gaeco, investigou que o esquema usava dinheiro da Assembleia Legislativa e do TCE-MT, que eram desviados por meio de convênios com a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp).
A juíza condenou os quatro a ressarcir os cofres em R$ 116 mil. Além disso, Marcos José, considerado líder do esquema, teve os direitos políticos suspensos por dez anos e foi condenado também ao pagamento de multa no valor de R$ 59 mil.
De acordo com o MPE, "a organização criminosa agiu com clara divisão de tarefas, se apropriando de recursos públicos e lavando o dinheiro para dissimular a natureza". Marcos, na época dos fatos, ocupava o cargo de secretário executivo de Administração do TCE.
"Supersecretaria"
Segundo a prefeita Flávia Moretti, a criação da nova pasta "busca otimizar os recursos públicos, garantir mais eficiência à máquina administrativa e, sobretudo, beneficiar diretamente a população".
“Nosso compromisso é com a transparência. Chamamos cada um dos 23 vereadores para que pudessem acompanhar de perto nossas propostas e compreender os objetivos dessa reestruturação. O Legislativo é peça essencial no desenvolvimento de Várzea Grande e, por isso, fazemos questão desse diálogo aberto e construtivo”, afirmou Moretti.
Durante a reunião, o secretário Marcos José da Silva afirmou que a união das pastas permitirá maior integração no planejamento estratégico e no controle financeiro do município.
“O que estamos propondo é uma reorganização que vai além da parte administrativa. É uma medida que vai refletir em toda a cidade, garantindo mais agilidade e melhores resultados na prestação dos serviços públicos”, disse.
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1 Comentário(s).
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Gustavo 17.09.25 09h54 | ||||
Devia ter uma lei que impedisse isso , mas como é Brasil então vale tudo ..😡😡😡 | ||||
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