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MAIS CARO DO BRASIL
10.08.2021 | 10h10 Tamanho do texto A- A+

Deputado cita "monopólio" e quer CPI do gás de cozinha em MT

Produto chega a custar R$ 130 em Sorriso; Governo quer programa para baratear custos

Marcos Lopes/ALMT

O deputado Gilberto Cattani, que questiona as razões do gás em MT ser o mais caro no Brasil

O deputado Gilberto Cattani, que questiona as razões do gás em MT ser o mais caro no Brasil

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) apresentou, nesta semana, um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o alto preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha em Mato Grosso.

 

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Mato Grosso possui atualmente o botijão de gás mais caro do País. O Governo afirma que o seu ICMS é o mais baixo do País, mas que a diferença de preço entre o gás do Estado para o de outros acontece por causa margem de lucro praticada pelas empresas.

 

De acordo com Cattani, o principal objetivo da CPI é investigar os motivos para o elevado preço e se está havendo crimes contra o consumidor (veja a íntegra do pedido AQUI).

 

“O gás de Mato Grosso é o mais caro do país. De quem seria esta culpa? Será que é do Governo? Será que são os impostos? Será que a culpa é das distribuidoras, da revendedora ou de quem envaza este gás? Onde está o problema e por que que nós pagamos o gás mais caro no Brasil?”, questionou.

 

A presente proposição visa investigar possíveis ilegalidades contra o consumidor e à ordem econômica

“A presente proposição visa investigar possíveis ilegalidades contra o consumidor e à ordem econômica, com prejuízo a livre concorrência em razão do exercício de posição dominante e o consequente poder de mercado para estabelecer preço e margens comerciais acima do nível competitivo, em razão de suspeita de haver monopólio e ou oligopólio na atividade de envasamento na distribuição do gás de cozinha", acrescentou.

 

Cattani citou que os tributos federais como PIS/Pasep e COFINS estão zerados por lei do Governo de Jair Bolsonaro, assim como o gás é tributado no âmbito estadual, por meio do ICMS, em 12%, que é a menor taxa do país.

 

Ele também questionou o fato de o preço médio do botijão de gás no Estado ser de R$ 125, o que representa 11,36% do salário mínimo. De acordo com a ANP, em Sorriso (MT), o produto chega a custar R$ 130.

 

“Considerando que os tributos federais não estão sendo cobrados, que não há previsão constitucional e legal para cobrança de tributos municipais, e que o estadual só incide ICMS na faixa fia de 12%, resta clarividente que o peso suportado pelo consumidor, na ponta, advém, preponderantemente, dos lucros dos distribuidores e ou revendedores”, afirmou.

 

Colhendo assinaturas

 

O requerimento deve ser lido em plenário na sessão ordinária da próxima quarta-feira (11) pelo parlamentar, que busca colher o mínimo de dois terços de assinaturas necessárias, ou seja, o apoio de 16 deputados, visto que já existem três CPIs em trâmite na casa de leis.

 

Vamos apurar se existe um monopólio, oligopólio ou o que for que está prejudicando a boa comercialização do gás

“Vamos apurar se existe um monopólio, oligopólio ou o que for que está prejudicando a boa comercialização do gás no nosso Estado. Vamos colher as assinaturas, já temos o apoio do deputado Elizeu Nascimento que se tornou coautor, e vamos descobrir onde está de fato o problema do gás no nosso Estado”, disse.

 

Barateando custos

 

Uma iniciativa da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), autarquia do Governo do Estado, deve instituir o projeto do Gás Social. Nele, famílias de baixa renda no estado poderão adquirir gás de cozinha a preço de custo. 

 

A proposta da MT Gás abrange a criação de uma envasadora e de uma revendedora de gás de cozinha no âmbito da autarquia.  

 

Pelo programa, essa revendedora só irá vender o Gás Social para famílias de baixa renda que possuem cadastro no Bolsa Família. O valor será muito abaixo do praticado no mercado. 

 

Para que a iniciativa seja implantada, é necessário o envio e aprovação de projeto de lei pela Assembleia Legislativa, além de autorização da ANP. 

 

O gás de cozinha será obtido da Bolívia, por meio do contrato firmado pelo Governo de Mato Grosso com o governo boliviano.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

ANP: revendas em MT têm a maior margem de lucro do País

 

Governo nega culpa por preço do gás: “Faissal faz fake news”

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Ocimar Queiroz Cardoso  11.08.21 09h00
Aproveite e inclua os impostos sobre a ENERGIA que chega a 53%.
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fernando   11.08.21 08h53
BOM DIA TODOS..... PARABÉNS!!!!!!! AO DEPUTADO PELA INICIATIVA JÁ NÃO ERA SEM DEMORA.... VAMOS ACOMPANHAR PARA OS DEMAIS DEPUTADOS TBM PENSEM DA MESMA FORMA....A NOS AJUDE A CONTER ESSE ABUSO.... OU CLAMEMOS A TODA POPULAÇÃO DE MT PARA ACIONAR O PROCON E O MINISTÉRIO PUBLICO (JÁ QUE ELES SÃO PAGOS POR NOSSOS IMPOSTOS) PARA TOMAR UM ATITUDE CONTRA ESSE ABUSO.
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Harisson   10.08.21 13h49
Parabéns, quem mora em MT. Já está cansado desses altos valores e nenhum poder público dar a mínima para isso....
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Mário   10.08.21 13h20
Agora gostei de ver deputado, agora sim trabalhando em prol do povo não falando asneiras como estava fazendo parabéns isso mesmo ir pra cima saber onde está a ladroagem no preço do gás, estado mais caro do país
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Jose eduardo  10.08.21 11h13
O preço do gaz em Mato Grosso tem nome e sobrenome: Copagaz
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