Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
REFORMA SUPERFATURADA
30.10.2012 | 18h20 Tamanho do texto A- A+

Deucimar nega corrupção e reclama de bloqueio de R$ 3,5 mi

Vereador disse que quem tem que devolver superfaturamento é a construtora

Reprodução

Deucimar Silva diz que empresa é que deve ressarcir erário

Deucimar Silva diz que empresa é que deve ressarcir erário

LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O vereador Deucimar Silva (PP) encaminhou nota à imprensa desafiando “quem quer que seja” a provar que ele cometeu ato de corrupção durante sua gestão na Presidência da Câmara de Cuiabá, entre 2009 e 2010.

A manifestação foi uma reação ao pedido do MPE (Ministério Público Estadual), que requereu o bloqueio de R$ 3,5 milhões em bens do vereador para cobrir os prejuízos com a reforma superfaturada do prédio da Câmara em sua gestão. Leia AQUI.

Ao analisar as contas da Câmara, o TCE (Tribunal de Contas de Mato Grosso) constatou superfaturamento superior a 1.000% em alguns itens, e condenou Deucimar a devolver R$ 1,1 milhão aos cofres públicos. A reforma superfaturada também foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) este ano, que acabou não punindo ninguém.

“Deucimar Silva desafia quem quer que seja a provar que cometeu qualquer ato de corrupção em sua gestão e lembrou que relatórios do Crea e da Abenc, encomendados pela CPI da Reforma da Câmara, já comprovou que é de responsabilidade da Prefeitura Municipal e do engenheiro responsável”, diz trecho da nota.

Ele afirmou que sempre combateu a corrupção, e citou o fato de o ex-presidente da Câmara Lutero Ponce ter sido cassado na sua gestão.

Sobre a ação do MPE, o vereador “estranhou que o tema volte à baila sem que haja qualquer decisão judicial ou mesmo que o Ministério Público tenha realizado uma nova auditoria técnica no edifício para embasar ou não quaisquer possíveis novas denúncias”.

Deucimar ressaltou, ainda, que foi ele quem pediu investigação sobre o caso, e afirmou que “quem deve devolver recursos para a municipalidade, caso haja comprovação de pagamentos irregulares, é quem recebeu de fato o dinheiro. Ou seja: a empresa Alos Construtora”.


Confira abaixo a nota de Deucimar Silva na íntegra:


Em defesa da verdade e da moralidade, o vereador Deucimar Silva (PP), ex-presidente da Câmara de Cuiabá (2009-10), vem a público esclarecer o seguinte, a respeito das obras de reforma do Palácio Pascoal Moreira Cabral:

1 – Todo processo de licitação, medição e pagamento das obras foi realizado com base em convênio de cooperação técnica da Câmara de Cuiabá com a Prefeitura Municipal, conforme documentos comprobatórios enviados ao Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Poder Judiciário de Mato Grosso.

2 – Sua gestão combateu duramente a corrupção no Poder Legislativo de Cuiabá, resultando inclusive na cassação de um vereador que havia ocupado a Presidência, e jamais seria conivente ou leniente com quaisquer práticas ilegais, que resultassem em prejuízo ao Erário.

3 – Deucimar Silva desafia quem quer que seja a provar que cometeu qualquer ato de corrupção em sua gestão e lembrou que relatórios do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e da Associação dos Engenheiros Civis (Abenc-MT), encomendadas pela CPI da Reforma da Câmara, já comprovou que é de responsabilidade é da Prefeitura Municipal e do engenheiro responsável.

4 – Deucimar estranhou que o tema volte à baila sem que haja qualquer decisão judicial ou mesmo que o Ministério Público tenha realizado uma nova auditoria técnica no edifício para embasar ou não quaisquer possíveis novas denúncias.

5 – Um homem que colocou em dia o pagamento da Câmara de Cuiabá, hoje efetuado no dia 19 de cada mês, após duas décadas de atraso, pagou todos os impostos devidos; concedeu aumento salarial de até 150% para os servidores, reduziu o duodécimo de 5% para 4,5% - sem permitir aumento orçamentário de um ano para o outro; criou o Espaço Cidadania, com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); firmou parceria com a Prefeitura de Cuiabá e o Tribunal de Justiça para assegurar o reajuste salarial dos médicos da municipalidade, onde a Câmara doava R$ 50 mil mensal para contribuir com a folha.

6 – Após a reforma, a administração Deucimar Silva mobiliou e equipou toda a Câmara Municipal de Cuiabá.

7 – A administração Deucimar ainda devolveu para a Prefeitura de Cuiabá R$ 100 mil como saldo de caixa.

8 – Quem solicitou investigação do caso da reforma, à época, para o Ministério Público, TCE e à Procuradoria Geral do Município foi o próprio vereador Deucimar Silva, protocolizando ofícios em todas as esferas.

9 – Quem deve devolver recursos para a municipalidade, caso haja comprovação de pagamentos irregulares, é quem recebeu de fato o dinheiro. Ou seja: a empresa Alos Construtor, de acordo com as ordens de pagamento.

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José Ribamar Bezerra sá  31.10.12 11h51
José Ribamar Bezerra sá, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas