O secretário de Estado de Cidades, Eduardo Chiletto, afirmou que o Estado precisará investir R$ 37,5 milhões ao ano no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), como forma de torná-lo economicamente viável.
A constatação é feita a partir do resultado do relatório elaborado pela KPMG Consultoria e que foi apresentado por Chiletto na tarde desta quinta-feira (7), durante audiência pública, no Palácio Paiaguás.
O estudo mostra que a operação do modal não é autossuficiente, sendo necessário o pagamento de contraprestações do Estado para viabilizar o projeto.
"Para se ter um bilhetagem única e o passageiro pagar R$ 3,60 pela passagem (mesmo valor cobrado atualmente no transporte público da Capital), precisaria de um subsídio do Estado. Ou seja, o Estado teria que pagar R$ 1,36 por cada passageiro e daí esse investimento de quase R$ 38 milhões ao ano", explicou Chiletto.
Durante a apresentação, o secretário afirmou também que a consultoria detectou que a gestão passada, sob o comando do então governador Silval Barbosa (PMDB), fez a compra, sem necessidade, de nove vagões para o modal de transporte.
Ao todo, foram adquiridos 40 vagões, ao custo de R$ 497,9 milhões.
A modelagem feita pela KPMG diz que, para Cuiabá e Várzea Grande, serão necessários apenas 31 vagões, sendo três destes reservas.
O Estado tentará, inclusive, uma negociação com o Ministério de Cidades, na tentativa de conceder os vagões comprados a maior.
A negociação pode resultar em uma economia de R$ 120 milhões.
“Cidade parada”
A consultoria mostrou também que não fazer a obra por completo não é viável ao Governo do Estado.
Os estudos apontam também que a obra pode ser concluída em um prazo de 19 meses.
No entanto, o secretário do Gabinete de Assuntos Estratégicos, Gustavo Oliveira, observou que, para concluir o modal nesse período, a “cidade teria que parar”, tal como ocorreu durante as obras da Copa.
Ele acredita que a população não vai querer que isso volte a ocorrer.
Até maio, o Governo do Estado afirmou que irá realizar uma audiência pública para tratar do assunto com a sociedade.
Continuidade
Segundo o secretário Gustavo Oliveira as negociações com o consórcio VLT, no sentido de dar continuidade à obra do modal, estão em andamento.
"Pretendemos, ao longo do próximo mês, resolver as diferenças que temos com eles, para que possamos tentar chegar a um acordo que deve ser feito no âmbito da ação na Justiça Federal. Se isso não acontecer, nós esperamos a decisão da Justiça Federal dentro do processo, para que possamos definir a estratégia de continuidade das obras, com ou sem o consórcio", disse Oliveira.
Veja trechos do estudo:
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4 Comentário(s).
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Paul 08.04.16 06h21 | ||||
Caro Robélio: Você, os internautas, políticos, jornalistas, já fizeram as continhas para ver quanto o Estado paga de subsídio anual para acobertar essas carroças vagabundas? Você é daqueles que atira no próprio pé. Se falta esparadrapo no posto de saúde da esquina você ataca o VLT. Chutar baldde? Por que você não chuta o trilho? Ademais, você tem um carrinho? | ||||
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João 08.04.16 04h09 | ||||
A unica coisa que não pode ser atribuída culpa ao ex-governador é a escolha do modal. Foi o povo que escolheu e acreditou que ficaria pronto, diante das promessas dos gestores. Eu mesmo fiz campanha em favor do VLT. Menos pneus sendo usados e jogados fora, menos gases poluentes, menos acidentes, mais organização. O povo merecia isso, mereçe. Mas a corrupção melou todo o processo e virou essa M... | ||||
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Jeves Bejame Salvino 07.04.16 21h25 | ||||
Ou seja, é dinheiro do povo que volta para o povo em forma de benefício e conforto, e segurança no transporte coletivo. Caro é o povo pagar 3,60 e mais os outros impostos e não ter nada de volta do Poder Público. | ||||
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Robélio Orbe 07.04.16 17h44 | ||||
Chuta o balde! Um Estado deficiente em saúde, educação e segurança pública patrocinar quase 38 milhões é impagável. Seria LOUCURA um ato desses. Punição para os responsáveis. | ||||
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