Sancionado pelo governador Mauro Mendes (DEM) na semana passada, o Plano Plurianual (PPA) de Mato Grosso para o período de 2020 a 2023 traz uma perspectiva preocupante de gastos com folha de pagamento.
O PPA define diretrizes, objetivos e metas da administração pública estadual para a gestão das políticas públicas e orienta a elaboração orçamentária estadual nos próximos anos.
Conforme o documento, nos próximos quatro anos, o Governo do Estado deverá gastar R$ 40,594 bilhões com servidores ativos e outros R$ 16,8 bilhões com inativos. Somando-se todos os gastos com pessoal – que incluem ainda temporários, pensionistas e cedidos -, o gasto total nesta rubrica chega a R$ 64,791 bilhões.
Este avanço se dá apesar da perspectiva do Governo de reduzir ganhos salariais dos servidores. Neste ano, por exemplo, o Executivo não concedeu os 7,6% de aumento para professores, previstos na lei da dobra do poder de compra, aprovada em 2013.
“Apesar da perspectiva de diminuição do crescimento das despesas de pessoal, persiste a preocupação sobre as finanças estaduais no médio prazo. As despesas obrigatórias são fixas e crescentes (...). As medidas de contenção dessas despesas são temporárias e suas causas não foram resolvidas definitivamente”, consta no documento.
“Se as receitas, por sua vez, apresentarem um grau de crescimento inferior ao observado nas despesas, a busca pelo equilíbrio continuará comprometida. Os sinais de queda na atividade econômica, quando se analisa a previsão de crescimento moderado do PIB estadual, reforçam as preocupações também pelo lado da receita.
O PPA
De acordo com o PPA, no que diz respeito às ações do Estado, elas estão organizadas em quatro eixos estratégicos.
Três deles são de atuação do Poder Executivo e um é específico e foi criado para os demais Poderes e órgãos autônomos. O eixo “Programas e Ações Padronizados” trata das despesas relativas à manutenção administrativa, aos serviços prestados pelos órgãos e às operações especiais dos poderes e órgãos autônomos. Caracterizando-se como eixo não finalístico.
Ao todo, 61 programas irão nortear a organização e a priorização das ações governamentais. Desses, 37 são programas finalísticos (resultam em bens e/ou serviços ofertados diretamente à sociedade), e 24 de gestão, manutenção e serviços (destinados à estrutura e organização do Estado).
No total, o texto aprovado contempla R$ 89,7 bilhões de recursos para os próximos quatro anos, entre gastos com pessoal, custeio da máquina pública e investimentos, para todos os Poderes e órgãos autônomos do Estado.
A média anual da receita e da despesa é de R$ 22,4 bilhões. Para a saúde, a educação e a segurança pública, áreas consideradas prioritárias para o governo, serão destinados R$ 37 bilhões de recursos. O PPA 2020-2023 direciona uma aplicação 30% maior do que o executado no Plano Plurianual anterior.
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3 Comentário(s).
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| João 31.12.19 08h02 | ||||
| São os servidores que trabalham em prol da população. Gastar com o pessoal e oferecer um serviço ao povo. A preocupação do governo e sobrar grana para investir em obra. | ||||
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| Vilmar 31.12.19 05h29 | ||||
| Perdi meu voto nesse governo é o pior que existiu até hje,governante covarde e abusivo. Não ganha nem pra presidente de bairro mais. | ||||
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| Rogério 30.12.19 16h14 | ||||
| Gastar com pessoal significa policiais nas ruas, professores nas escolas, medicos e enfermeiros nos hospitais. Ou seja, o estado utilizando seus profissionais para servir a população. Se o serviço não chegar com qualidade ao cidadão é porque houve má gestão. | ||||
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