O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), rebateu críticas do Sindicato dos Servidores do Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) e afirmou que a independência do Legislativo Estadual não será pautada pelo Judiciário e nem por outros Poderes.

A declaração foi feita após Max ser questionado sobre declarações do presidente do sindicato, Rosenwal Rodrigues, que teria dito que a Assembleia estaria sendo influenciada pelo Governo do Estado.
Isto porque um pedido de vista, feito pelo deputado estadual Chico Guarnieri (PRD), adiou em mais uma semana a segunda votação do Projeto de Lei que prevê o aumento salarial dos servidores do Judiciário.
“Passou na primeira votação, passou na Comissão de Justiça, então se ele fala que não tem esse apoio, teve apoio até agora, porque o projeto foi aprovado. Se o projeto fosse reprovado com 100% dos votos ai ele poderia fazer a afirmação de que o Governo tem todos na mão”, afirmou à imprensa.
“A Assembleia mostra independência votando o projeto, a forma que vai votar é a forma que, no mínimo, 13 deputados vão dizer. Sim ou não, tendo a maioria mostra a independência da Assembleia. Não é a vontade do Poder Judiciário ou de outro Poder que vai pautar a independência da Assembleia”, completou.
Em setembro, o Tribunal de Justiça enviou à Assembleia Legislativa o texto que propõe reajuste de 6,8% na tabela de remuneração dos servidores de carreira.
Segundo o Judiciário, o impacto será para cerca de 3,5 servidores e de R$ 42 milhões este ano aos cofres do Poder.
No entanto, o Executivo, que é contra o reajuste, alega que caso o projeto seja aprovado poderá haver um “efeito cascata” que prejudicaria os recursos do Estado em R$ 1,6 bilhão ao ano.
Próxima votação
Max afirmou que este é o último pedido de vista do projeto e a segunda votação ocorrerá na próxima quarta-feira (19), a não ser que não haja quórum.
O presidente também criticou novamente a tentativa de pressão dos servidores do judiciário, que ameaçaram greve caso o reajuste não seja votado pelos deputados.
“Assembleia jamais vai se sentir pressionada a votar qualquer projeto por qualquer movimento que seja. Se houver um movimento pela reinvindicação do salário deles, é louvável. Porém, não pode haver um movimento que eles falem: ‘Se a Assembleia não votar nós vamos fazer esse movimento’, porque a Assembleia não é pautada por nenhum tipo de pressão”.
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