O senador Jaime Campos (DEM) acredita que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) recebeu “fake news” de que a Delegacia Fazendária (Defaz) estaria sendo usada politicamente para lhe prejudicar.
O prefeito entregou um documento aos deputados Eduardo Botelho (DEM) e Janaina Riva (MDB), relatando que dois delegados teriam recebido a incumbência de "incriminá-lo", com base em um boletim de ocorrência feito pela servidora da Saúde municipal Elizabete Maria de Almeida, junto à Defaz.
“As informações que o prefeito Emanuel Pinheiro obteve via não sei quem, para mim, na verdade, tudo isso não passa de fake news. Para mim isso não existe, só que será apurado pelos órgãos competentes”, afirmou o senador.
Jaime defendeu o governador Mauro Mendes (DEM), afirmando que ele não seria capaz de usar a Polícia Civil para fazer qualquer “maldade” contra Emanuel.
“Tudo isso aí é questão política. O Mauro não teria essa maldade de usar órgão público. Acabamos de sair da Grampolândia. O Mauro não usaria dessa prática, essa prática é nefasta, sobretudo no regime democrático”, disse.
O senador ainda afirmou que o prefeito e o governador precisam superar os dissentimentos políticos e buscar, com respeito, o diálago visando à eleição de 2020.
“Pela minha experiência - sou muito mais velho que o Mauro e o Emanuel - o momento é de buscarmos o entendimento, com diálogo de alto nível, um debate da possibilidade tanto do Emanuel ir à reeleição e o Mauro ter o seu candidato através do DEM. Isso que a sociedade espera e quer dos políticos, não aquela velha prática da esculhambação, de acusações que não tem nenhum fundamento”, pontuou.
Entenda o caso
O prefeito protocolou na Assembleia Legislativa um pedido para que seja investigada uma suposta tentativa de articulação, feita na Polícia Civil, para lhe prejudicar.
Segundo apurou a reportagem, no documento entregue à AL, o prefeito relata que dois delegados teriam recebido a incumbência de "incriminá-lo", com base em um boletim de ocorrência feito por uma servidora da Saúde municipal.
No B.O., a servidora disse ter presenciado Emanuel pagando suposta propina a vereadores de Cuiabá para cassarem o mandato do colega Abílio Júnior (PSC).
O episódio teria acontecido no último dia 21, durante um jantar na casa do vereador Juca do Guaraná (Avante).
De acordo com informações que chegaram ao conhecimento de Emanuel, os dois delegados teriam sido expressamente orientados a lhe "detonarem".
Em nota, o delegado-geral da Polícia Judiciária Civil Mário Dermeval de Resende disse repudiar as alegações do prefeito. "A Polícia Judiciária Civil repudia veementemente as falas atribuídas ao atual prefeito de Cuiabá, constantes em matérias publicadas na imprensa, no sentido de que dois delegados de Polícia estariam sendo transferidos da Defaz por 'pressão política' ou por qualquer outro motivo que não seja absolutamente técnico e pautado no interesse da administração pública", afirmou, referindo-se à saída dos delegados Lindomar Tofoli e Anderson Veiga da Defaz.
"Tais declarações são infundadas e afrontam a inteligência da população, até porque os delegados citados sequer estão à frente das investigações ventiladas", acrescentou.
Ainda na nota o delegado confirmou que a Polícia Civil encaminhou ao Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE), a denúncia com base no boletim feito pela servidora.
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