Jayme condiciona presidir conselho a consenso: “É desgastante”

O senador Jayme Campos (União) condicionou o seu retorno à presidência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado a um consenso do grupo.

Na tarde desta terça-feira (28), está agendada a reunião para instalação do conselho e eleição do presidente e vice-presidente para os próximos dois anos.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convidou Jayme para voltar a presidir o grupo, que hoje acumula 39 processos contra 16 senadores.

“Eu me comprometi com o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco, que se for de forma consensual, eu poderei cumprir essa missão. Porque é uma missão, não um cargo. Você é um juiz, na medida em que você estará julgando a vida das pessoas, as ações e representações que ali estão”, disse Jayme.

Hoje têm 39 denúncias, e eu não vou fazer lá o 'joguete' de ninguém. Não vou passar a mão [na cabeça] também

Jayme presidiu o Conselho de Ética na última legislatura (2019-2022) e foi criticado por “sentar" nos processos. O Conselho de Ética tem como atribuição observar a conduta dos senadores, além de receber e analisar previamente representações ou denúncias feitas contra eles. 

Segundo o congressista, o trabalho de presidir o grupo é “desgastante”, mas ele garantiu que não irá “passar a mão na cabeça” de nenhum colega.

“Em tese é desgastante. Você lida com colegas e todos têm seu valor. [ ...] Hoje têm 39 denúncias, e eu não vou fazer lá o 'joguete' de ninguém. Não vou passar a mão [na cabeça] também”, disse. 

“Vou agir dentro da lei: ouvindo e olhando a nossa Constituição Federal, o Regimento Interno. Mas podem ter certeza: se for presidente, serei um presidente com altivez,  muita independência”, completou.

O conselho

O Conselho de Ética é formado por 15 titulares e 15 suplentes, indicados pelos líderes dos blocos partidários. Na semana passada, os membros foram indicados, de modo que nesta semana será realizada a eleição.

Os titulares aprovados são o senador Jayme Campos, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Marcos do Val (Podemos-ES), Weverton (PDT-MA), Otto Alencar (PSD-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Zenaide Maia (PSD-RN), Fabiano Contarato (PT-ES), Jorge Kajuru (PSB-GO), Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Hiran Gonçalves (PP-RR) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

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