Cuiabá, Quinta-Feira, 25 de Setembro de 2025
CASO CRISTIANE CASTRILLON
25.09.2025 | 20h40 Tamanho do texto A- A+

Ex-PM assassino de advogada é condenado a 37 anos de prisão

Almir Monteiro dos Reis foi julgado nesta quinta-feira (25), em Cuiabá; crime ocorreu em agosto de 2023

Reprodução

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, apontando rastros de sangue da vítima na casa

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, apontando rastros de sangue da vítima na casa

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis foi condenado, nesta quinta-feira (25), pelo Tribunal do Júri de Cuiabá, a 37 anos de prisão em regime fechado pelo estupro e feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, ocorrido em agosto de 2023.

 

Ele também foi sentenciado por fraude processual, mas acabou absolvido da acusação de ocultar o corpo da vítima.

 

A sentença foi proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal, Mônica Catarina Perri Siqueira, que presidiu o julgamento. A magistrada determinou que ele permaneça preso e não poderá recorrer em liberdade.

 

A sessão não foi aberta à imprensa, em atendimento a um pedido da assistente de acusação, para preservar a imagem da vítima, já que o processo envolveu crime sexual e tramitou em segredo de justiça.

 

De acordo com o Tribunal de Justiça, sete testemunhas foram arroladas, mas três foram dispensadas. Foram ouvidos o delegado responsável pelas investigações, a perita criminal e duas testemunhas. Almir foi o último a depor, antes do início da fase de debates.

 

Reprodução

Cristiane Castrillon

A advogada Cristiane Castrillon, que foi assassinada pelo ex-PM

A Promotoria de Justiça utilizou todo o tempo disponível, 1h30, para apresentar seus argumentos. A defesa também falou por 1h30, seguida da tréplica do Ministério Público.

 

Insanidade descartada

 

O julgamento foi marcado após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitar, em junho, um recurso da Defensoria Pública que pedia a absolvição sumária do réu.

 

A defesa alegava que o ex-PM sofria de doença mental e deveria ser considerado inimputável. No entanto, o ministro Otávio de Almeida Toledo considerou os argumentos “genéricos” e sequer analisou o pedido.

 

Relembre o crime

 

Cristiane foi assassinada em sua casa, na madrugada de 13 de agosto de 2023, após se negar a manter relações sexuais com Almir. Segundo a investigação da Polícia Civil, essa foi a motivação do crime.

 

De acordo com a acusação, o ex-PM espancou a advogada e, em seguida, a asfixiou até a morte. Eles haviam se conhecido na noite anterior, em um bar de Cuiabá.

 

O corpo da vítima permaneceu na residência por cerca de seis horas. Por volta de 8h30, Almir deixou o local dirigindo o carro de Cristiane, com o corpo dela dentro, e abandonou o veículo no Parque das Águas.

 

Na sequência, chamou um carro por aplicativo para ir até sua casa e, pouco depois, teria chamado a namorada, na tentativa de criar um álibi, segundo a Polícia.

 

O corpo foi encontrado pelo irmão da vítima, que conseguiu rastrear a localização do celular dela. Ao chegar ao veículo, Cristiane estava de óculos escuros e deitada no banco do passageiro. Sem saber o que havia acontecido, o irmão conduziu o carro até o Complexo Hospitalar de Cuiabá (CHC), onde foi constatada a morte.

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