Cuiabá, Quinta-Feira, 25 de Setembro de 2025
RESTRIÇÃO A ATLETAS TRANS
25.09.2025 | 17h35 Tamanho do texto A- A+

Ativista: vereador é desumano e quer "palco" com pautas morais

Clóvis Arantes diz que Rafael Ranalli elegeu LGBTs como alvo e cita expectativa sobre ação judicial

Victor Ostetti/MidiaNews

O vereador Rafael Ranali e o ativista Clóvis Arantes, que preside a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+

O vereador Rafael Ranali e o ativista Clóvis Arantes, que preside a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso, Clóvis Arantes, disse que o vereador Rafael Ranalli (PL) trava luta desigual contra a população LGBT na Câmara buscando “palco” ao focar nas chamadas “pautas morais”.

 

Isso é uma falta de humanidade desse cara. Ele precisa compreender que todas as pessoas têm direitos

Ranalli é o autor da lei que impede que atletas trans participem em competições esportivas em Cuiabá, fazendo com que a definição leve em conta somente o sexo biológico.

 

“Ele nunca dialogou com a nossa população, então ele quer palco, holofote, é um vereador novo, que chegou agora e não tinha história no mundo político. Ele elegeu a população LGBT como alvo porque é uma pauta que se transforma numa pauta moral”, disse Clóvis ao MidiaNews.

 

“Com tantas questões na nossa cidade para serem trabalhadas pelos vereadores, eles vão trabalhar com uma questão que fere a vida e impede que as pessoas travestis e transexuais possam viver com dignidade", disse.

 

"Isso é uma falta de humanidade desse cara. Ele precisa compreender que todas as pessoas têm direitos e a população LGBT tem direito como qualquer outra população”, completou.

 

Ação de R$ 600 mil

 

Clóvis rebateu a fala de Ranalli que criticou o grupo pelo alto valor solicitado de indenização do Município por danos morais coletivos. A ação pede R$ 600 mil.

 

“Algumas pessoas só se dão conta de que eles estão fazendo mal quando mexem naquilo que eles mais gostam, que é dinheiro. Então, a questão financeira é uma consequência, o que nós queremos é ganhar ação contra o Ranalli e que a Justiça reconheça o direito das pessoas trans de participar de esportes, a indenização é o de menos”, completou.

 

Clóvis ainda justificou que entrou com a ação junto da Defensoria Pública contra a lei porque a matéria é inconstitucional, de competência da União.

 

Estigma

 

Segundo Clóvis, a lei em vigor também reforça o estigma soial que pessoas trans já sofrem no seu dia a dia.

 

“Além de você estigmatizar, deixar de fora a nossa população que já sofre o estigma e agora também não pode participar de esportes, então o que está reservado para a nossa população? Viver no gueto?”, questionou.

 

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João Moessa de Lima  25.09.25 18h15
Dersumano coisa nenhuma as pessoas tem o direito de fazer suas escolhas essas escolhas tem preço. Desumano é desleal esses atletas comperirem com genero diferente de quando nasceu porque os corpos dos homens são diferentes dos das mulheres e essa mudanças não apagam essas diferenças.
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