O presidente da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB), classificou como “irresponsável” a declaração do secretário de Estado de Planejamento, José Bussiki, de que o Legislativo foi o responsável por retirar, da Lei Orçamentária Anual (LOA), a previsão de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA).
Durante reunião com sindicalistas do Fórum Sindical – que representa o funcionalismo público de Mato Grosso -, na última quinta-feira (2), Bussiki afirmou que o Governo enviou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com previsão de 7,5% da reposição inflacionária.
Porém, os valores não foram incluídos na LOA, aprovada em dezembro de 2015. “Nós mandamos o orçamento e isso é analisado pelos deputados, feitas emendas e é votada. E, na hora de se aprovar, se aprovou orçamento sem RGA. Não tem, na dotação orçamentária de pessoal, valor suficiente para se pagar RGA”, disse.
Segundo Maluf, os parlamentares não têm prerrogativa de mexer na RGA dos servidores. Ele disse que o secretário foi “precipitado” em sua avaliação.
“Eu acho que o secretário Bussiki foi muito precipitado nessa avaliação. A Assembleia não tem essa prerrogativa de mexer na RGA dos servidores. Jogar um problema para Assembleia, dizer que o problema foi da Assembleia... Acho que isso foi uma irresponsabilidade”, disse o deputado, nesta segunda-feira (6), após saber da declaração do secretário.
De acordo com Maluf, parlamentares já estudam a possiblidade de convocar Bussiki para que ele explique as declarações que deu aos sindicalistas.
“A RGA não foi retirado da LOA, de forma alguma. Alguns deputados, inclusive, já estão convocando o secretário Bussiki para que explique essa declaração aqui na Assembleia”, afirmou o deputado.
Leia também:
Governo oferece 6%, mas servidores não aceitam
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
4 Comentário(s).
|
Jorge Luis da Silva Cunha 07.06.16 15h44 | ||||
O que o Celso disse, pode ser coerente, mas vai causar maior discussão ainda, mesmo o Estado alegando que não tem condições de pagar, pois aqueles que recebem acima de R$5.000,01 não vão entender o procedimento. | ||||
|
Celso 07.06.16 14h03 | ||||
Enquanto se discute pra descobrir quem pintou a zebra, que paga o pato (14% de reajuste nas mensalidades escolares; 17% no plano de saúde, R$ 10,00 no Kg do feijão, etc) é o servidor público do Executivo. Taques, 11,27% integral para quem recebe até R$ 5000,00; 11,27% em 2x para quem recebe de R$ 5000,01 a R$ 10 000,00. E para os demais conforme os prazos e condições q a condição financeira do estado permitir. | ||||
|
MARIA 07.06.16 13h34 | ||||
Deputado reverta essa situação, fique do lado do povo que te elegeu. Foi apoiar o Governo do DITADOR olha ai o que esta acontecendo, estão colocando a culpa toda nos senhores deputados. O que eu não entendo ja que o RGA não estava previsto na LOA, pq o governo ja fez 102 reuniões com os sindicatos para entrar em acordo...?? GOVERNO PERDIDO COMO SEMPRE SÓ CONTRADIÇÃO A GREVE TEM QUE CONTINUAR. | ||||
|
DAVI CÁCERES 06.06.16 18h35 | ||||
O Presidente da Assembléia Legislativa cometeu um grave erro ao se posicionar a favor do governo em relação ao RGA. Agora o governo transfere para ele todo o ônus pela repercussão e seu mandato a frente da assembleia está mais ameaçado do que nunca. A assembleia Legislativa merece um presidente altivo, que mantenha a independência da Casa. Se o Sr tivesse mantido um pulso firme em relação a RGA o governador teria cedido, a maioria dos deputados estaria satisfeita e teria conquistado uma grande base eleitoral. Infelizmente o Sr fez o contrário, conquistou desprestígio a frente da assembleia e sua reeleição como deputado está em risco e sua projeção OFUSCADA. Mas ainda é tempo de tomar uma atitude compatível com a esperada. Abraço Dep! Ouça a voz do povo que te elegeu. | ||||
|