Maluf diz que CPI irá investigar denúncias contra o Intermat

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Maluf (PSDB), revelou que a Casa deve instalar, entre março e abril, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat).

O órgão teve seu ex-presidente, Afonso Dalberto, preso na última segunda-feira (2) durante a Operação Seven, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado).

A operação investiga um suposto desvio de R$ 7 milhões com a simulação de compra, por parte do Estado, de uma área rural na região do Manso, que já havia sido adquirida pelo próprio Estado anteriormente.

Recebemos muitas denúncias sobre o Intermat. Como, por exemplo, terrenos que foram concedidos de forma errada

Segundo Maluf, a Assembleia já recebeu diversas denúncias a respeito do órgão.

“Recebemos muitas denúncias sobre o Intermat. Como, por exemplo, terrenos que foram concedidos de forma errada, lotes de fazenda que foram escriturados e não poderiam ser, além de terras que foram concedidas em áreas de preservação permanentes, APPs”, disse.

“Tem muitos objetos sobre o desempenho do Intermat que serão alvos, e que também resultou nessas prisões que ocorreram esta semana. Acredito, então, que é bem-vinda essa CPI”, afirmou.

De acordo com Maluf, o requerimento para instalação da comissão foi apresentado em 2015 pelo deputado estadual Pery Taborelli (PV) e já conta com as oito assinaturas necessárias.

“Vários deputados me procuraram no sentido de fazer essa investigação. Eu concordo que é necessário passar isso a limpo. Aqui mesmo no Centro Político Administrativo, muitas áreas que foram concedidas para instituições estão sendo utilizadas para especulações econômicas. Então, precisamos investigar”, disse.

Operação Seven

Na última segunda-feira (2), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) deflagrou a Operação Seven, que investiga um suposto desvio de R$ 7 milhões, com a simulação de compra, por parte do Estado, de uma área de 721 hectares, na região do Manso, que já havia sido adquirida pelo próprio Estado anteriormente.

A área pertencia ao médico e ex-secretário de Estado de Saúde, Filinto Corrêa da Costa, de 73 anos.

O ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, e o ex-secretário adjunto da antiga Secretaria de Estado de Administração, coronel José de Jesus Nunes Cordeiro, foram presos.

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário da Casa Civil Pedro Nadaf também foram alvos da operação e, apesar de já estarem presos, também tiveram a prisão decretada.

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