Mato-grossense assume Secretaria Especial de Saúde Indígena

O mato-grossense Rodrigo Rodrigues (PMDB) foi nomeado, nesta semana, secretário especial de Saúde Indígena do Governo Federal. O setor é ligado ao Ministério da Saúde e comanda um orçamento de pouco mais de R$ 2 bilhões.

Desde dezembro do ano passado, Rodrigues já atuava na área, no entanto na função de diretor.

Sua “promoção” ocorreu após uma indicação do líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, deputado Leonardo Picciani, do presidente do partido em Mato Grosso, deputado Carlos Bezerra, e do também parlamentar federal Valtenir Pereira, recém-filiado à sigla.

Nesse período em que estive como diretor, desenvolvemos um trabalho que chamou a atenção do Ministério e também das organizações indígenas de todo o país, até de organizações internacionais

Ele assume a secretária especial, cargo, segundo ele, apontado como “vice-ministro” de Saúde, em substituição a Antônio Alves de Souza.

“Nesse período em que estive como diretor, desenvolvemos um trabalho que chamou a atenção do Ministério e também das organizações indígenas de todo o país, até de organizações internacionais”, disse ele ao MidiaNews.

“A partir de agora, passo a comandar a secretaria, considerada a mais importante na estrutura do Ministério da Saúde, inclusive pelo volume de recursos movimentados. Terei a oportunidade de incrementar propostas e ações que já estávamos desenvolvendo”, completou.

Entre os trabalhos que devem ser incrementados, a atuação na questão relacionada a álcool e drogas entre a população indígena, considerada uma população muito vulnerável.

“A atuação da secretaria de uma forma geral é bastante complexa, mais delicada que a Saúde da Família, por exemplo. São mais de 300 etnias. Só em Mato Grosso, por exemplo, são mais de 1,2 mil profissionais envolvidos”, disse ele.

PMDB

A “promoção” de Rodrigo Rodrigues ocorre na semana em que o PMDB desembarcou parcialmente do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Segundo ele, sua nomeação está mantida, já que a decisão de romper com o Governo Federal não foi acompanhada por todos os integrantes do PMDB.

“Pra mim não muda nada. Estou focado na gestão política. Agora, se as lideranças que me indicaram entenderem que devem deixar os cargos, aí sim eu entrego o cargo também. Por lealdade, se os deputados Carlos Bezerra e Valtenir Pereira entenderem que eu devo deixar o cargo, aí eu deixarei, mas somente se eles entender assim”, disse.

Rodrigues também descartou qualquer possibilidade de uma mudança partidária.

Além dele, estão entre os mato-grossenses com cargos em Brasília, a ex-depuada Teté Bezerra, em uma diretoria do Ministério de Turismo, e Luiz Carlos Possas de Carvalho, que na próxima semana tomará posse como diretor de Desobstrução do Incra.