Maysa diverge de Abilio sobre CS Mobi: “Contrato não é perdido”

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) afirmou divergir do prefeito Abilio Brunini (PL) sobre uma rescisão total do contrato entre a Prefeitura e a empresa CS Mobi, responsável pela construção do novo Mercado Municipal e pelo estacionamento rotativo da Capital.

Discordo do fato de dizer que vai tirar da saúde, da educação e do asfalto. Tem como fazer sem tirar de outras áreas

Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou o contrato, Maysa disse que as recomendações sugeridas são possíveis de serem repactuadas, sem necessidade do rompimento, como defende Abilio.

“Fiz recomendações no voto, porque sinto que divirjo um pouco do pensamento do prefeito Abilio. Ele olha esse contrato como perdido e eu não vejo dessa forma. Fomos claros e muito responsáveis ao fazer recomendações possíveis de serem repactuadas”, disse.

Segundo ela, agora é responsabilidade de Abilio não deixar que a Capital tenha mais uma obra inacabada.

“Eu fiz questão de deixar muito claro que, através do trabalho dessa CPI, a gente consegue o indiciamento da falta de responsabilidade e da improbidade administrativa do ex-prefeito Emanuel Pinheiro, o indiciamento do ex-secretário Francisco Vuolo, mas também trazemos aqui no bojo do atual prefeito a responsabilidade de repactuar e não entregar para o povo cuiabano mais uma obra inacabada”, afirmou. 

O documento votado e aprovado pela Câmara nesta semana, recomendou o indiciamento do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), e do ex-secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico do município, Francisco Antônio Vuolo, por improbidade administrativa.

Repasses mensais

Segundo Maysa, o dinheiro que a Prefeitura paga mensalmente à empresa não é retirado de fundos cujo recurso é voltado para Saúde e Educação ou outras áreas, mas sim de recursos arrecadados com o dinheiro do estacionamento rotativo.

Os valores dos repasses começaram com R$ 650 mil e vão evoluindo ao longo dos primeiros cinco anos até chegar na quantia de R$ 1,9 milhão mensal. Atualmente, a quantia está em cerca de R$ 1,11 milhão. 

“A forma de aplicar as multas, precisa deixar claro para a população que esse R$ 1,9 milhão que tem que ser pago de contraprestação é arrecadado com o estacionamento rotativo. Então, discordo do fato de dizer que vai tirar da saúde, da educação e do asfalto. Tem como fazer sem tirar de outras áreas, é possível fazer e essa é a minha recomendação”, disse.

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