O governador Mauro Mendes (União) afirmou que o Governo Federal está “protegendo” as facções criminosas ao ser contra equiparar esses grupos a terroristas.

A declaração do governador é uma reação à fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que disse esta semana que equiparar facções criminosas a grupos terroristas representa um “grave risco à soberania nacional”.
Segundo noticiou a CNN Brasil, Lewandowski disse que isso abre brechas que poderiam justificar a intervenção de potências estrangeiras no Brasil sob o pretexto de combater o crime organizado.
“Isso é uma boa forma de proteger as facções criminosas. Então não podemos fazer nada, deixar eles crescendo, deixar eles ampliando o seu poderio, comprando metralhadora, daqui a pouco eles vão comprar tanque, vão comprar carro blindado, porque só falta isso. Para, né? Tenha dó”, afirmou Mendes ao ser questionado pela imprensa.
A fala de Lewandowski foi feita no Congresso Nacional do Ministério Público ao comentar o relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) sobre o chamado PL Antifacção, que tramita na Câmara e teve debate e encaminhamentos esta semana.
Mendes tem sido um dos grandes defensores desta pauta e disse que esse argumento é uma “falácia”. Segundo ele, para não haver intervenção de outros países é necessário somente que existam leis mais eficientes e que o Governo Federal as cumpram.
“Basta que o Governo brasileiro faça uma lei decente, uma lei que dê instrumentos eficientes para ele próprio, com as suas forças de segurança, combater essas facções. E que dê às polícias militares, polícia civil, mais efetividade, e que dê ao judiciário instrumentos para mantê-los presos”, disse.
“Ficar com essa falácia de que outro vai vir a agir é porque já está pressupondo que não vai fazer nada contra mesmo que tenha uma lei mais inteligente”.
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