A deputada federal Rosa Neide (PT) defendeu que os estados e municípios sejam incluídos na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da Previdência. Na Câmara Federal, os entes foram excluídos.
A parlamentar disse acreditar que será prejudicial ao País delegar aos estados que façam sua própria reforma. Para ela, mudança nas regras pode ficar “mais perversa” do que a aprovada no Parlamento.
“Um município pequeno não tem força nenhuma de reestruturar isso. Não tem força política interna, nem na organização social, dos movimentos e nem da própria organização política. O que o prefeito mandar pode passar e pode ser pior. Então, o País vai ficar mais prejudicado se houver regras diferentes nos estados”, disse ela em entrevista à rádio Capital FM, nesta segunda-feira (15).
“O Senado deve discutir essa questão. É uma PEC paralela no Senado que vai inserir estados e municípios. Eu vejo que na Câmara, por ser 513 deputados, com muitos pré-candidatos a prefeito em grandes cidades e capitais, fez com que recuassem ou esfriasse essa possibilidade”, acrescentou.
A deputada defendeu, entretanto, que a medida precisa ser revisada na própria Câmara, antes de ir para a votação do segundo turno e, depois, para o Senado.
Segundo ela, a medida é prejudicial principalmente aos servidores públicos.
“Esse texto pode ser estudado e discutido no Senado. Acho que tem que discutir um pouco, principalmente aos funcionários públicos. Se as regras gerais ficarem muito diferentes será mais perverso ainda”, afirmou.
“Então, o movimento tem que ser para melhorar a condição dos trabalhadores, tanto no segundo turno de votação na Câmara, que pode excluir algumas coisas, como no Senado. Tem que ir melhorando o texto para que a Previdência seja a do sonho das pessoas”, completou.
A reforma
Por 379 votos a favor e 131 contra, os deputados federais aprovaram o texto-base da Reforma da Previdência na Câmara, na noite de quarta-feira (10).
A Reforma da Previdência precisava de 308 votos, o equivalente a três quintos dos deputados, para ser aprovada. Se aprovado em segundo turno, o texto segue para análise do Senado, onde também deve ser apreciado em dois turnos e depende da aprovação de, pelo menos, 49 senadores.
O texto-base estabelece, entre outros pontos, a imposição de uma idade mínima para os trabalhadores se aposentarem: 65 anos para homens; e 62 anos para mulheres.
O tempo mínimo de contribuição previdenciária passará a ser de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens. O texto ainda propõe regras de transição para quem já está no mercado de trabalho.
Agora os parlamentares começarão a votar os destaques apresentados à proposta.
Os destaques podem ser de emenda ou de texto. Para aprovar uma emenda, seus apoiadores precisam de 308 votos favoráveis. No caso do texto separado para votação à parte, aqueles que pretendem incluí-lo novamente na redação final da PEC é que precisam garantir esse quórum favorável ao trecho destacado.
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8 Comentário(s).
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limaadvog 16.07.19 10h01 | ||||
Votou contra a reforma só pelo discurso idiota de petista. Agora viu a a vaca vai atolar de vez para o PT no nordeste vem com esse papo idiota de petista. Deixe os estados e municípios de fora. Cada um fala a sua lei. Bom é que os governadores do nordeste é que se lasquem. | ||||
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CLAUDIO JOSE SONEGO 15.07.19 21h27 | ||||
A deputada petista está preocupada justa m ente com os privilegiados.Enquanto quem trabalha e produz e tem os menores salários, não são lembrados pela deputada. Ela votou contra a reforma e agora é a favor da inclusão dos Estados e municípios,porém ela não quer ter o ônus do desbaste.Demagoga irresponsável | ||||
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Vilson Peres 15.07.19 21h25 | ||||
ESTA aí é mais uma estocadora de vento, como pode uma pessoa em sã consciência votar contra um projeto, e depois vim falar , que estados e municípios tem que estar na reforma, gente alguém por favor me explica oque está mulher quis falar ou dizer ???? | ||||
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Marcos 15.07.19 16h42 | ||||
Coerência...a gente vê por aqui... | ||||
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Thiago Alves 15.07.19 16h27 | ||||
Oportunista, ela quer a reforma mas não quer se desgastar votando a favor, para colher os frutos e depois falar que votou contra. Não me espanta vindo de onde vem. | ||||
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