LAÍSE LUCATELLI
DA REDAÇÃO
O presidente regional do PTB, o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, informou que o partido avalia a possibilidade de apoiar a candidatura de Pedro Taques (PDT) ou Blairo Maggi (PR) ao Governo do Estado nas eleições de 2014. Porém, Taques já larga com vantagem, pois já deu início às conversações com os petebistas para alianças visando à sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB).
“Conversamos com o senador Pedro Taques no início do ano, e o nome dele está, sim, em discussão dentro do PTB. É uma possibilidade apoiá-lo ao governo em 2014. Ele está com vontade de concorrer e seria um bom nome para governador”, afirmou Galindo ao
MidiaNews.
“Mas não está definido se iremos com o lado A ou B. O senador Blairo Maggi é um amigo nosso, assim como Pedro Taques. Haverá discussão sobre apoiar um ou outro candidato ao governo. E não é o Chico Galindo que decide, é o PTB. Vamos colocar todos os nomes na mesa”, afirmou o ex-prefeito.

"Não está definido se iremos com o lado A ou B. O senador Blairo Maggi é um amigo nosso, assim como Pedro Taques. Vamos colocar todos os nomes na mesa"
Ele negou, também, que a filiação de Luiz Antônio Pagot seja uma sinalização de que o partido esteja inclinado a apoiar Maggi, já que o novo petebista é muito ligado ao republicano.
Pagot ocupou diversas secretarias no governo Maggi, e ascendeu ao comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) por indicação dele. Ele caiu somente após denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes que resultaram em crise no PR.
“Nenhum apoio está fechado. E justamente pelo fato de o Pagot ter sido o braço direito de Blairo Maggi é que ele está capacitado até mesmo para ser candidato ao governo”, afirmou Galindo.
O tom de crítica ao governo atual, presente no encontro regional do PTB realizado na semana passada em Campo Verde já aponta pelo menos uma tendência – a de não se aliar ao grupo que estiver com o PMDB de Silval Barbosa.
Candidatura própria De acordo com Chico Galindo, o partido avalia também a possibilidade de disputar o Palácio Paiaguás. Na opinião do presidente, a eventual candidatura própria deveria ser encabeçada por Pagot. Porém, ele ressalta que a discussão será feita em grupo, e não descarta encabeçar a chapa ao governo, caso o PTB o convoque para essa missão.
“Quando se é presidente do partido, se o grupo chamar, tenho que estar à disposição para qualquer missão. Mas o que eu quero é ser candidato a deputado estadual. Federal não quero, porque quero continuar em Cuiabá”, disse.
Galindo admitiu, também, a possibilidade de o PTB ficar “em cima do muro”, como aconteceu nas eleições do ano passado, em que a sigla não apoiou nenhum candidato a prefeito no primeiro turno das eleições em Cuiabá em função de brigas internas.
O presidente afirmou que o PTB precisa, agora, definir bons nomes para montar as chapas de deputado estadual e federal, bem como já projetar as eleições municipais de 2016.