HELSON FRANÇA
DA REDAÇÃO
O candidato a prefeito de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) acusou o atual chefe do Executivo Municipal, Chico Galindo (PTB), e seu secretariado, de estarem coagindo funcionários do Palácio Alencastro, supostamente ameçando-os de demissão, caso não votem no empresário Mauro Mendes (PSB).
O advogado Francisco Faiad (PMDB), candidato a vice de Lúdio, disse que a coligação acionará Mendes e Galindo na Justiça Eleitoral, nos próximos dias.
As declarações do petista e do peemedebista foram feitas na tarde desta segunda-feira (22), durante evento em que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) formalizou apoio a Lúdio.
Faiad disse que a coligação possui documentos e gravações que comprovariam o assédio moral contra os funcionários que não possuem cargo efetivo.
Segundo Lúdio, Galindo e o secretariado também "fazem terrorismo com os servidores contratados", com insinuações de que, se ele for eleito, promoverá a demissão em massa na Prefeitura.
“O que eu já disse e repito é que os funcionários da panela do Galindo serão exonerados, terão que voltar para Presidente Prudente [cidade paulista, da qual o atual prefeito é originário]. Os contratados serão mantidos e valorizados”, disse o candidato do PT.
O petista citou que, se for eleito, pretende equiparar a carga horária e a remuneração dos contratados com o dos efetivos.
Lúdio também disse que pretende realizar concursos públicos anuais, e estabelecer critérios para privilegiar servidores que já fazem parte da administração municipal.
Uma das ideias seria utilizar o tempo de serviço dos contratados como forma de pontuação nos processos seletivos.
Galindo nega
Por meio de nota, o prefeito Galindo negou as acusações e disse que seu partido, o PTB, se mantém neutro no segundo turno - e que seus filiados estão liberados para votarem em quem entenderem.
Ele, porém, reiterou o voto em Mendes. "Vou votar nele porque o considero o mais preparado para administrar Cuiabá", disse.
O advogado da coligação liderada por Mendes, o tucano José Antônio Rosa, classificou as acusações contra o seu cliente de "factóide" e atacou os adversários.
“O Mauro nem tem influência nenhuma na prefeitura. Ele nem foi lá. Quem está coagindo funcionários públicos são eles”, disse.
Apoio
No ato desta tarde, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, argumentou que a entidade ficará ao lado de Lúdio, pelo fato de ele ser "o candidato que representa a classe trabalhadora".
Na sua avaliação, o adversário do petista possui um projeto de governo baseado na exclusão e privatização, além de não se preocupar com o sociall.
"Ou Cuiabá fica no ostracismo, no continuísmo ou vai ter projetos inovadores e Governo para todos", afirmou Freitas.