Riva ajudou a articular retorno de Eder ao Governo

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), elogiou a nomeação de Eder Moraes para o comando do escritório de representação em Mato Grosso em Brasília, publicada na manhã desta sexta-feira (15).

“Considero a nomeação excelente. Acho que não tem ninguém melhor que o Eder para esse cargo. Ele será útil para representar o Estado, correr atrás dos projetos, cobrar. Ele é bom para isso”, avaliou o deputado.

O parlamentar elogiou o perfil de Eder, a quem chamou de “trabalhador”, e minimizou os problemas causados pela personalidade polêmica do ex-homem-forte do governo.

“O Eder é um cara de resultado e trabalhador. Pessoalmente, o considero muito produtivo. Ele é polêmico, mas resolve os problemas. Pior são aqueles que não envolvem em polêmica mas não fazem nada”, disse.

Nos bastidores, Riva é apontado como um dos responsáveis por emplacar Eder Moraes no staff, após ele passar 11 meses afastado do Governo Estadual. Segundo fonte palaciana, o deputado se empenhou pessoalmente na articulação, inclusive pedindo, reiteradas vezes,  ao próprio governador Silval Barbosa (PMDB).

Além dele, outros deputados, e secretários de Estado, entram na articulação.

À reportagem, Riva negou a articulação. “Não houve nada disso. Ninguém fez esse pedido. Essa é uma decisão do governador. A nomeação foi o Silval Barbosa quem fez, e ele não precisa do meu respaldo. Eu só acho que ele acertou na escolha”, disse.

Desvinculação

Atualmente, o escritório comandando por Eder é subordinado ao gabinete do vice-governador Chico Daltro (PSD). No entanto, ele será desvinculado em breve, e remanejado para responder diretamente ao gabinete do governador Silval Barbosa.

“Já está combinado que o escritório será desvinculado da vice-governadoria. O governador Silval ficou de encaminhar o projeto nos próximos dias”, informou Riva.

Processo

Eder Moraes é considerado um nome desgastado para o staff porque, além de ter se envolvido em diversas polêmicas ao longo de sua vida pública, ele é um dos acusados pelo Ministério Público Estadual (MPE) de envolvimento na compra irregular de 10 veículos Land Rover, que seriam equipados para o patrulhamento da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, ao custo de R$ 14,1 milhões (leia mais AQUI).