A defesa do ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, pediu para ficar preso em Santa Catarina, devido à proximidade com sua família.
O que aconteceu
O ex-diretor foi preso no Paraguai e levado para Brasília ontem. Condenado por envolvimento na trama golpista, ex-diretor da Polícia Rodoviária pediu para ficar mais próximo de sua família, que vive em Santa Catarina, após ser preso tentando fugir sozinho para El Salvador com documentos falsos. Ele foi levado para a "Papudinha", uma área da Papuda destinada a policiais presos e onde está cumprindo pena atualmente o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
No pedido encaminhado ontem ao STF, advogados afirmam que medida pode contribuir para "preservação de integridade física e mental". Defesa cita precedentes do Judiciário para alegar que a prisão mais próxima da família é a medida que costuma ser adotada nestes casos. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, ainda não decidiu sobre este pedido.
"A manutenção da custódia de Silvinei Vasques no estado de Santa Catarina, preferencialmente nos municípios de São José ou Florianópolis, mostra-se medida adequada, proporcional e juridicamente recomendável. O requerente possui vínculos familiares, sociais e profissionais consolidados naquela unidade da federação, circunstância que contribui para a estabilidade da custódia e para a preservação de sua integridade física e psíquica", disse a defesa de Silvinei Vasques, em pedido ao STF.
Tentativa de fuga
Vasques foi preso em possível tentativa de fuga, diz a PF. Em 16 de dezembro, o ex-diretor da PRF foi condenado no STF a 24 anos e seis meses de prisão, no contexto do julgamento do núcleo 2 da trama golpista, pelos crimes de tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Alertas foram disparados após a PF identificar falta de sinal GPS na tornozeleira eletrônica, na madrugada do dia de Natal. Às 23h de 25 de dezembro, uma equipe da PF foi ao endereço de Vasques, e não o encontrou. O ministro do STF Alexandre de Moraes foi avisado e decretou a prisão preventiva.
As autoridades no Paraguai foram acionadas e ele foi preso. Em nota, a Polícia Nacional do Paraguai informou que prendeu Vasques após receber um alerta do Comando Tripartite, um mecanismo de cooperação policial e de inteligência entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Vasques estava com documentos falsificados quando foi detido no aeroporto. O destino final seria El Salvador. As autoridades do Paraguai consultaram a Polícia Federal, que confirmou a identidade de Vasques. O ex-diretor-geral da PRF teria saído de Santa Catarina e ido de carro até Assunção.
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