Cuiabá, Quarta-Feira, 30 de Julho de 2025
PARALISAÇÃO DOS SERVIDORES
07.06.2017 | 12h40 Tamanho do texto A- A+

“Vamos negociar, desde que não seja com a faca no pescoço”

Secretário de Fazenda disse não haver possibilidade de negociação com funcionários em greve

Alair Ribeiro/MidiaNews

O secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, que pediu que servidores não entrem em greve

O secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira, que pediu que servidores não entrem em greve

DOUGLAS TRIELLI E THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo de Oliveira, afirmou que o Governo está aberto a negociar com os servidores público o pagamento de 6,58% da Revisão Geral Anual (RGA) desde que os sindicalistas não deflagrem uma greve geral por tempo indeterminado.

 

A declaração foi dada na manhã desta quarta-feira (07), logo após ele se reunir com o Fórum Sindical – que representa o funcionalismo público – e o presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (PSB).

 

Nesta quarta, os servidores realizam uma paralisação de 24 horas para exigir que o Legislativo não vote a proposta enviada pelo governador Pedro Taques (PSDB), que divide o pagamento em duas parcelas de 2,15% e uma de 2,14%. O primeiro pagamento ocorreria em janeiro de 2018.

 

“Nós continuamos abertos ao diálogo. Obviamente, quando se tem um diálogo aberto, a greve não nos parece ser uma solução razoável. Estamos abertos a ouvir sugestões, receber a pauta de reinvindicação, mas não há como se negociar em um ambiente de greve”, disse Oliveira.

 

“Teremos a compreensão, o tempo para negociação, desde que isso não seja com a faca no pescoço. Porque o prejuízo acaba ficando para o cidadão. O prejuízo da greve é um pouco do Poder Executivo, mas é muito mais do cidadão, que precisa de Saúde e Educação”, afirmou.

 

Teremos a compreensão, o tempo para negociação, desde que isso não seja com a faca no pescoço.

Em uma audiência na Assembleia, na última terça-feira (06), Gustavo já havia feito um apelo aos líderes sindicais de que não deflagrassem uma greve.

 

Para ele, o Governo apresentou o que é possível pagar sem afetar os programas de diversos setores do Estado. Qualquer avanço, segundo ele, será preciso fazer cortes. Ao todo, o Executivo deve gastar R$ 500 milhões para subsidiar a reposição inflacionária.

 

“A conversa foi muito boa, muito tranquila. O Fórum, obviamente, quer uma proposta melhor do que a que foi encaminhada, mas entendemos, pela equipe econômica, que esta proposta é o limite que cabe dentro do teto de gasto, dentro da capacidade do Tesouro”, disse.

 

“A partir daí, qualquer incremento na proposta, em termos financeiros para serem repassados aos servidores, precisa ser retirado de outras áreas. Terá que ser retirado de alguma outra entrega”, afirmou.

 

Prioridade

 

Por fim, Gustavo de Oliveira questionou que se escute a todos os servidores qual a prioridade: se é o reajuste ou que o salário volte a ser pago no dia 30 de cada mês. Ele acredita na possibilidade de que parte do funcionalismo opte pelo pagamento antecipado.

 

Por conta da crise econômica e da dificuldade de caixa, desde o final do ano passado, Taques adiou o pagamento do final do mês, para o dia 10 do mês seguinte.

 

“Cada vez que se aumenta o gasto com folha, fica mais difícil voltar a folha de pagamento para o dia 5 e depois para o dia 30. Precisamos entender qual a prioridade do servidor: é ter reajuste, mas com a folha ainda no dia 10, ou que o recurso que entrar primeiro ser usado para voltar a folha para o dia 30. Isso tem que ser levado em conta”, completou.

 

Veja trecho da entrevista:

 

 

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Maria  07.06.17 19h15
Tão aberto a negociação, que o projeto esta na Assembléia legislativa para votação.
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