O vereador de Pedra Preta (240 km de Cuiabá) Gilson de Souza, o Gilson da Agricultura (União), foi cassado pela Câmara Municipal em sessão nesta quarta-feira (3) por oito votos, o número mínimo necessário para a perda de mandato. Dois vereadores votaram contra.

Quem assume a vaga de Gilson é o primeiro suplente, Ronaldo Pereira dos Santos (União).
Em agosto, o parlamentar xingou a prefeita Iraci Souza (PSDB) durante uma fala na tribuna, afirmando que os munícipes não se esqueceriam dos problemas e que não adiantava a prefeita buscar votos nas próximas eleições como uma "cachorra viciada".
A fala ganhou repercussão nacional e gerou revolta entre mulheres. Diversas pessoas acompanhavam a sessão nesta quarta, principalmente apoiadores da prefeita, que pediam a cassação de Gilson.
O relatório apresentado pela Comissão Processante concluiu que ele a ultrapassou os limites da crítica política, configurando ofensa pessoal incompatível com a dignidade do cargo.
O documento apontou, também, que ele cometeu uma infração à lei municipal e faltou com o decoro exigido na atividade pública. Por isso, a Comissão recomendou a perda de mandato.
O relator do caso, vereador Francisco José de Lima (PSDB), ressaltou que a comissão garantiu ao vereador todos os procedimentos de defesa, seguindo a lei municipal. Após a fala dele, os vereadores puderam usar a tribuna, inclusive Gilson, que se defendeu das acusações.
“Eu reconheço que a palavra foi infeliz. Eu sempre apoiei a prefeita Iraci. E eu sou tão machista que só apoiei duas pessoas aqui em Pedra Preta, Iraci, mulher, e Marilete, mulher”, disse Gilson na tribuna.
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