Vereadora defende reajuste do IPTU, mas pede que seja “gradual”

A presidente da Câmara de Cuiabá, vereadora Paula Calil (PL), classificou como "necessário e inevitável" a atualização da planta genérica de valores do município, que define o valor do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana) dos imóveis.

Tivemos uma expansão muito grande no setor imobiliário e é necessário que seja feito esse estudo

O assunto voltou à tona após o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), iniciar um estudo para atualizar os valores após quase uma década sem revisão.

“É inevitável que seja realizado esse estudo da planta genérica de Cuiabá. O último estudo foi realizado no ano de 2016 e Cuiabá cresceu muito. Tivemos uma expansão muito grande no setor imobiliário e é necessário que seja feito esse estudo”, afirmou Paula à imprensa na terça-feira (25).

A vereadora ressaltou que o intervalo longo sem atualizações deve gerar mudanças significativas em algumas regiões da cidade, especialmente em áreas de condomínios de alto padrão que pagam IPTU com valores considerados defasados.

Apesar disso, ela defendeu que a transição seja feita de forma gradativa, para evitar que o reajuste pese excessivamente sobre o contribuinte.

“Como ficou muito tempo sem fazer essa atualização, vai ocorrer, sim, um grande impacto em algumas regiões. Penso que deveria ser de forma gradual. Muitas vezes o poder de compra das famílias não acompanha a valorização do imóvel”, afirmou.

Estudo dos valores

Ela destacou que, até o momento, não há valores definidos nem projeção de percentual de reajuste, já que o estudo ainda está em andamento.

Porém, a presidente disse que acompanha o trabalho da equipe técnica por meio de relatórios e que o objetivo é garantir que o ajuste seja equilibrado.

“Nós temos dois representantes, dois advogados, que estão participando desses estudos. E nós estaremos aguardando o que virá para a Câmara Municipal de Cuiabá em relação a como será esse impacto na vida das pessoas”.

“Haverá um impacto, então que a gente consiga que não impacte tanto a vida das pessoas”, disse.

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